Na Espanha, líder guarani afirma: "Lutaremos até o final"
Em poucos dias um dos mais importantes jornais do mundo, o espanhol El País, abre suas páginas para uma longa matéria sobre a situação dos guarani-kaiowás do Mato Grosso do Sul. Ládio Veron, filho do assassinado Marcos Veron, está em Madri para cumprir uma agenda de conferências e manifestações culturais de seu povo.
A matéria é pesada, defende com veemência os guaranis, mas, também denigre nossos governantes, policiais e fazendeiros. Nos coloca na posição de um povo que persegue e rejeita índios. Após uma exaustiva explicação de como é a vida dos guaranis, Ládio Veron afirma: "Desde 2003 deveria estar morto. Meu pai foi assassinado diante de mim e a mim torturaram. Temos sofrido muito, perdi quatro irmãos, uma sobrinha e um tio lutando por nossa terra. E ainda não conseguimos recuperá-la".
Dificilmente alguma autoridade sul mato-grossense terá uma agenda como a do Verón. Foi recebido por um executivo da prefeitura madrilena, pela Anistia Internacional, por vários meios de comunicação, pelo Congresso Espanhol e, ainda, anuncia que será recebido pelo Parlamento Europeu. Também irá à ONU e a outros governos europeus.
A matéria do El País ainda traz um vídeo da Survival International denominado "Voz Indígena" que dá as cores do drama desse povo.
Hambúrguer sem carne e vinho sem uva. Assim será a comida do futuro?
Para a empresa "Soylent", as cozinhas são "caras e sujas" e a comida uma "enorme carga". Propõem substituir os atuais alimentos por uma batida de cor bege, textura arenosa e sabor neutro que usa o nome do filme "Soylent Green", de 1973. Esse filme futurista, sombrio, pessimista, apresenta uma N.York superpovoada no ano 2022.
Nela, só uma elite tem acesso a alimentos naturais como verduras e carnes, enquanto a plebe sobrevive dos concentrados da fábrica Soylent. Daí a inspiração para batizar esse concentrado da fábrica agora instalada no Silicon Valley. A propaganda da Soylent diz que: "é mais saudável e possui tudo que necessitamos para sobreviver - de proteína de soja a azeite de algas que aportam, energia, vitaminas e sais minerais.
Soylent teve um financiamento de US$21 milhões. teve um enorme baque há pouco tempo quando alguns de seus clientes tiveram diarreia e vômito que levou a fábrica a retirar seus produtos do mercado. A empresa relacionou o episódio com a farinha de alga que usava e se apressou a divulgar que tinha resolvido o problema. Mas o mal estava feito - as ações caíram e cresceram as críticas para a empresa. O episódio criou dúvidas para as comidas criadas em Silicon Valley. Mas apesar disso, elas seguem ocupando espaço.
Vinho sem uva e leite sem vaca.
Ava Winery é a empresa mais afamada a criar um vinho sem uva, apenas combinando compostos aromáticos e etanol. Leite também sintético, em cuja produção não existe vaca, como o que fabrica Muufri. Balas de pura cafeína para os muito apressados que não dispõem de tempo nem mesmo para uma xícara de café como as vendidas pela Go Cubes.
Silicon Valley se aplica a desenvolver produtos com a lógica do pós guerra, quando ocorreu um boom de comidas que saiam de fábricas e que hoje, são questionadas como "comidas lixo". Agora, querem criar uma comida totalmente asséptica e extremamente rápida.
Essa é uma nova indústria em efervescência. Só no ano passado investiram mais de US$1 bilhão em novos projetos.
O hambúrguer de Bill Gates.
Um dos produtos de maior sucesso é o que vem sendo denominado de "Hambúrguer de Bill Gates". O bilionário investiu US$ 40 milhões para criar um hambúrguer feito apenas com vegetais.
A Beyond Meat, empresa que recebeu o dinheiro, patenteou, em 2016, que não tem carne mas, afirmam, é indistinguível do hambúrguer comum. Sua propaganda diz que seus objetivos são: "melhorar a saúde humana, impactar de forma positiva nas mudanças climáticas e respeitar o bem estar animal". Um terror para nossos pecuaristas, se efetivamente for idêntico ao hambúrguer de carne bovina.
Mas essas comidas tecnológicas não param. Um dos produtos de maior sucesso é a maionese da "Hampton Creek" que não leva ovos e é denominada "Just Mayo". Também há as companhias exóticas. A mais interessante é a "Chapul e Exo", que fabricam barrinhas com farinha de grilo.
Os impostos mais estranhos do mundo.
Imposto sobre televisores.
Alguns países europeus copiaram em 1946 a ideia dos ingleses de taxar o número de televisores existentes em cada residência ou escritório. Esse imposto, por volta de três euros, existe até hoje e é pago junto com a fatura da eletricidade. Para alguns países a cópia foi realizada pela pressão de artistas do áudio visual que pleiteavam uma parte desse imposto voltada para suas criações.