Não é só política, a terra sem lei das redes sociais
Falsificar produtos não pertence á modernidade. Há séculos os homens falsificavam joias de âmbar. A novidade está na explosão de vendas desses produtos usando as redes sociais. Se há um debate aceso, e incendiário, sobre a liberdade total de postar informações politicas nesses meios, não é minimamente aceitável que elas tenham se convertido em instrumentos para a venda de artigos falsificados. E se tornaram virais.
Luxo virou lixo na terra sem lei das redes sociais.
Na maioria dos casos se trata de imitações de produtos muito vinculados às ultimas tendencias da moda: tênis Adidas pela metade do preço, vestidos luxuosos vendidos a preços ínfimos, jeans de luxo a preço de pipoca…. já não se busca apenas a bolsa de luxo fake com logo em primeiro plano - inalcançável pelo seu preço original para o comum dos mortais -. Também passaram a vender artigos de marcas mais acessíveis.
A logomania derrotou o luxo silencioso.
Se restava alguma dúvida, o suntuoso luxo silencioso parece ter a batalha perdida frente à logomania. Em qualquer caso, apostar nas imitações se tornou algo extremamente comum. Está mais voraz do que nunca. As novas gerações criaram uma nova base cultural, compram produtos falsificados de maneira consciente e voluntária. Prova disso são os vídeos de jovens, e não tão jovens, mostrando nas redes sociais todos seus pares de tênis da Nike ou da Adidas que compraram por um preço até quatro vezes menor que o do modelo original.
Livres para falsificar e propagandear.
Depois de um influencer postar sua felicidade por adquirir um produto falsificado muito barato, compartilham com os usuários os locais de venda na internet, inclusive em sites perfeitamente legalizados. Da porta para fora, essas lojas virtuais condenam a prática da falsificação mas a realidade é que não fazem nada para impedi-las porque são rentáveis.
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