Não se equivoquem, a queda é risco de vida para idosos
Velho caiu, velho morreu. Essa era a regra até bem pouco tempo. A ciência médica avançou, atualmente muitos idosos conseguem sobreviver a uma queda. Todavia, essa ainda não é uma regra, outros tantos não se recuperam... e falecem. Vivemos um momento indeterminado da ciência médica. Muitos vivem, muitos morrem. Mas, como a ciência começou a entender que as quedas de idosos eram vitais? Essa é uma história anedótica.
A célula é um cidadão que coopera com outras células.
Ainda que tenhamos dividido o corpo em órgãos e funções, essa é uma ideia válida apenas para a educação. Em verdade, a célula é um cidadão, que trabalha com outras células, cooperando entre elas. Quando alguns "cidadãos" começam a falhar, outros também erram. É assim que adoecemos. Essa ideia, tão simples atualmente, foi proposta pela primeira vez por Rudolf Virchow, um cientista alemão que viveu entre 1.821 e 1.902. As enfermidades são alterações celulares.
Enxergou a organização social.
Virchow foi o primeiro a enxergar que a organização de nosso corpo guarda enormes igualdades com a organização social. Passou os últimos anos de vida cuidando da saúde pública das cidades. Virchow foi muito mais que um mero médico, foi um ativista político, um humanista. Também foi o primeiro a entender os riscos da queda de idosos.
O homem da queda de idosos morreu de uma queda.
A história muitas vezes se converte em uma anedota. Virchow, o homem que fez todos se preocuparem com a queda de idosos, morreu em uma queda. Em janeiro de 1.902, descendo de um bonde em Berlim, Virchow, aos 81 anos, perdeu o equilíbrio e caiu ao solo, fraturando a pélvis. Suas células ósseas foram incapazes de reparar a fragilidade de seus ossos. À partir daí, começaram as disfunções celulares que esgotaram seu corpo até a morte, ocorrida oito meses depois do acidente. Cuidado! Velho caiu, velho morreu, ainda tem peso importante.