O crescimento da ultradireita no mundo e a derrota na Espanha
Mário Sérgio Lorenzetto | 26/07/2023 07:45
O único país da América Latina onde a esquerda vai bem é o México. Tem boas chances de renovar o poder. Em todos os demais, a esquerda governa, ou faz oposição, enfraquecida. Corrupção, ou tentativas de mudanças frustradas, dão o tom do esquerdismo latino-americano. A provável derrota da esquerda argentina, apesar dos esforços do brasileiro Lula, será um marco no enfraquecimento dessa ideologia. Todavia, as melhores chances de vitória nessa região, pertencem à direita moderada, mas há espaço para crescimento dos ultra.
O forte crescimento da ultradireita na Europa.
Cronologicamente. Em abril de 2022, Viktor Orbán, uma das maiores vozes da ultradireita no mundo, revalidou seu mandato com uma demolidora vitória na Hungria. No mesmo mês, a ultradireita finlandesa conseguiu 20% dos votos e entrou no governo. O mês de junho foi marcado pela força da ultradireita grega. A Grécia conta com três partidos dessa ideologia. Dificilmente chegarão ao poder devido à divisão. Mas as três formações de ultradireita gregas conseguiram votos suficientes para entrar no Congresso. Em setembro, veio a inesperada vitória dos "Irmãos da Itália", de Meloni. A líder italiana faz política diferente, ainda que na ultradireita, guarda algumas posiçôes próximas ao centro. Ainda em setembro, foi a vez dos "Democratas Suecos" mostrarem sua força ao atingir 20% dos votos. Em Portugal, a ultradireita, denominada "Chega", obteve 7% dos votos em janeiro de 2023. Parece um número muito baixo, mas representa um forte crescimento em comparação com as eleições anteriores. E na Alemanha, a "AfD" , conglomerado de ultradireita, está disparada nas pesquisas de opinião pública.
Cronologicamente. Em abril de 2022, Viktor Orbán, uma das maiores vozes da ultradireita no mundo, revalidou seu mandato com uma demolidora vitória na Hungria. No mesmo mês, a ultradireita finlandesa conseguiu 20% dos votos e entrou no governo. O mês de junho foi marcado pela força da ultradireita grega. A Grécia conta com três partidos dessa ideologia. Dificilmente chegarão ao poder devido à divisão. Mas as três formações de ultradireita gregas conseguiram votos suficientes para entrar no Congresso. Em setembro, veio a inesperada vitória dos "Irmãos da Itália", de Meloni. A líder italiana faz política diferente, ainda que na ultradireita, guarda algumas posiçôes próximas ao centro. Ainda em setembro, foi a vez dos "Democratas Suecos" mostrarem sua força ao atingir 20% dos votos. Em Portugal, a ultradireita, denominada "Chega", obteve 7% dos votos em janeiro de 2023. Parece um número muito baixo, mas representa um forte crescimento em comparação com as eleições anteriores. E na Alemanha, a "AfD" , conglomerado de ultradireita, está disparada nas pesquisas de opinião pública.
França e Espanha. Derrota provável na Inglaterra.
Na França, a turma de Macron deverá ser derrotada. Há boas chances da ultradireita chegar ao poder pela primeira vez. Em troca, "Vox", o partido espanhol do conservadorismo radical sofreu uma inesperada derrota no último domingo. Perdeu nada menos de 19 cadeiras no Congresso, quando todas as pesquisas previam um crescimento superior aos 10%. Essa derrota pode ser explicada pelos resultados de Barcelona e região, onde foram massacrados. Mas há um dado significativo para a esquerda europeia, os trabalhistas ingleses, partido de esquerda, devem reassumir o governo nas próximas eleições.
Na França, a turma de Macron deverá ser derrotada. Há boas chances da ultradireita chegar ao poder pela primeira vez. Em troca, "Vox", o partido espanhol do conservadorismo radical sofreu uma inesperada derrota no último domingo. Perdeu nada menos de 19 cadeiras no Congresso, quando todas as pesquisas previam um crescimento superior aos 10%. Essa derrota pode ser explicada pelos resultados de Barcelona e região, onde foram massacrados. Mas há um dado significativo para a esquerda europeia, os trabalhistas ingleses, partido de esquerda, devem reassumir o governo nas próximas eleições.
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