O desastre econômico da obesidade
A fatura da obesidade alcançará incríveis quatro bilhões de dólares. Dentro de dez anos, essa epidemia custará 3% do PIB mundial. Não há doença mais cara que aumentar o peso desmedidamente. O excesso de peso está muito próximo de se tornar insustentável. Uma em cada quatro pessoas no mundo viverão com obesidade. Os números são chocantes: 1,5 bilhão de adultos e 400 milhões de crianças. No Brasil, 22% da população é obesa. Mas esse não é o pior número. Dentro de dez anos, 41% será obesa. O crescimento é vertiginoso, especialmente por causa de nossas crianças. Por incrível que pareça, há mais crianças brasileiras obesas que norte-americanas. E eles contam com 70% da população obesa. Só perdem para Nauru, uma ilha do Pacífico, onde 90% é obesa. Na outra ponta está o Vietnam, tem apenas 2% de obesos.
Poucos esforços governamentais.
A OMS qualifica a obesidade como a principal epidemia que precisa ser enfrentada. É silenciosa, mas devastadora. Também é safada, a culpa recai sobre o coração, as diabetes e os cânceres. A obesidade é o elefante na habitação que os governos devem enfrentar por sua demolidora fatura. Gastos médicos, absenteísmos laboral, baixa produtividade, aposentadoria prematura e morte levarão os cofres governamentais à ruína.
A alegria das farmacêuticas.
As farmacêuticas enxergaram que a obesidade é um negócio maiúsculo. É sua futura ilha do tesouro. Apostam que será o maior mercado desta década. Goldman Sachs calcula que será um negócio de cem bilhões de dólares anuais. A chegada ao mercado dos medicamentos da Eli Lilly e da Novo Nordisk vem marcando um ponto de inflexão em todo e qualquer medicamento vendido. Estão entre os campeões e se tornarão os primeiros disparados logo mais.