Obesidade não é uma doença do corpo e sim do cérebro
Há uma epidemia que atravessa o planeta de ponta a ponta, arrastando crianças e adultos com ela: a obesidade. Triplicou no mundo desde os anos setenta. Atualmente, conta com mais de 650 milhões de pessoas dela padecendo, segundo a OMS. Encontrar medicamentos efetivos para combatê-la, é o grande objetivo dos cientistas. Até agora, todavia, a melhor arma é a prevenção. A novidade é que acabam de encontrar uma região do cérebro que é chave nos processos de ingestão e gasto energético.
A solução não está na "vontade", tem de ser cuidada como um vício.
O cérebro simplesmente está monitorando os níveis de glicose no sangue e o estado fisiológico do corpo, com base nessas informações, dá sinais de iniciar o apetite e bloqueá-lo. Para o cérebro, enviar ordens para a boca comer, adquirir nutrientes, não é um problema. Ele só pensa em emergência quando ocorre o inverso, a fome. Para essa região cerebral, ainda estamos há 2.000 ou 3.000 anos atrás, quando corríamos atrás de animais para nos alimentar. Essa região só quer saber de guardarmos mais e mais gordura e açúcares nos tecidos. A questão não está na mera "vontade". Temos de entender a obesidade como uma dependência química, um vicio.
Exercícios e brincadeiras desestruturadas, bagunçadas.
Os cientistas começam a falar que os exercícios estruturados, bem organizados, como jogar futebol, não são ideais para combater a obesidade. Conforme as últimas novidades, a bagunça, a desestruturação de jogos sociais e de exercícios são a melhor opção. A correria desenfreada das crianças, sem objetivo algum e sem regras, por enquanto, são bem mais efetivos que os estruturados. Eles estimulam os neurônios incumbidos de sinalizar a saciedade, consequentemente, perdemos peso.