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Em Pauta

Os heróis da Ciência, aqueles que mais vidas salvaram

Mário Sérgio Lorenzetto | 18/06/2017 08:08
Os heróis da Ciência, aqueles que mais vidas salvaram

O nome Bosch é reconhecido facilmente como vinculado ao mundo da engenharia, devido a Robert Bosch, inventor da vela de ignição para os automóveis e fundador da companhia que leva seu nome. Seu sobrinho Carl não ficou atrás e foi também um poderoso industrial. Mas, além disso, Carl Bosch também é considerado como um dos cientistas cujos experimentos serviram para salvar mais vidas: dois bilhões e setecentos milhões segundo o grupo de estudiosos reunidos no "SciencesHeroes". Esses são os cientistas que esse grupo presta homenagem.

Os heróis da Ciência, aqueles que mais vidas salvaram

Os homens que revolucionaram a alimentação

Fritz Haber e Carl Bosch. O nitrogênio é um nutriente essencial para as plantas, mas elas não conseguem tomá-lo diretamente do ar, necessitam que micróbios façam o trabalho por elas. Até o começo do século XX, só o esterco e o nitrato do Chile, procedente do guano (fezes) das aves, podiam administrar o nitrogênio de forma aproveitável. Isto funcionava assim até 3 de junho de 1909, quando o químico alemão Fritz Haber conseguiu, pela primeira vez, unir nitrogênio ao hidrogênio, para produzir amoníaco. Na empresa Bosch, Carl conseguiu transformar o experimento de Haber em um processo de escala industrial. Ambos receberam o Premio Nobel de Química. O processo Haber-Bosch mudou o mundo. Calcula-se que a metade da alimentação do mundo depende dele.

Os heróis da Ciência, aqueles que mais vidas salvaram

Aqueles que conseguiram realizar as transfusões sanguíneas

Karl Landsteiner e Richard Lewisohn. Com mais de um bilhão de vidas salvas, os artífices do descobrimento dos grupos sanguíneos e das técnicas de transfusão merecem o segundo posto no pódios dos cientistas salvadores. Durante muitos séculos tentaram fazer transfusões sanguíneas entre humanos e entre humanos e animais, geralmente com consequências fatais. Com o nascimento do século XX, o austríaco Landsteiner compreendeu que a aglutinação de sangue de diferentes pessoas era devido a distintos grupos sanguíneos que ele nomeou de A, B e C. Um psiquiatra tcheco, Jans Jansky definiu os quatro grupos que hoje conhecemos como ABO. Em seguida, o mesmo Landsteiner, em colaboração com Alexander Wiener, descobriu o fator Rhesus (Rh). As primeiras transfusões empregando critérios de compatibilidade foram realizadas no Hospital Monte Sinai, em N.York, por Reuben Ottenberg, que identificou a existência de um grupo doador universal. Mas foi Richard Lewisohn, no mesmo hospital, que em 1915, aplicou com êxito o anticoagulante citrato sódico para conservar o sangue por duas ou três semanas.

Os heróis da Ciência, aqueles que mais vidas salvaram

A descoberta dos micróbios

Até o século XIX, acreditavam que os seres vivos poderia surgir espontaneamente. Hoje pode parecer piada, mas desde Aristóteles, acreditavam que as pulgas nasciam de gotas de orvalho. Somente século XIX, com os experimentos de fermentação do químico francês Louis Pasteur quando confirmaram que a geração espontânea não existia, e que todo ser vivo nascia de outro ser vivo. Pasteur descobriu que microrganismos eram responsáveis pela contaminação das bebidas. Em 1865, o francês patenteou seu método que hoje conhecemos como pasteurização.

Mas, além de suas aplicações industriais, Pasteur afirmou que os micróbios eram os responsáveis pelas enfermidades através das infecções. As ideias de Pasteur chegaram ao conhecimento do cirurgião britânico Joseph Lister. Até essa época, as infecções das feridas eram atribuídas a miasmas - ar podre. Quando Lister soube que os trabalhos de Pasteur demonstravam a contaminação dos alimentos, inclusive na ausência de ar, decidiu aplicar uma esterilização química aos materiais usados nas cirurgias e às feridas e cortes. Empregou o ácido carbólico, hoje chamado fenol. À seguir, um químico do Missouri (EUA), criou um antisséptico bucal que deu o nome de Listerine, em homenagem a Joseph Lister.

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