Pesquisa: mercado é contra a política econômica de Lula
Levantamento feito pela empresa de pesquisas Quaest aponta que, na avaliação de 98% dos executivos do mercado financeiro, a política econômica do governo Lula caminha na direção errada. Para 90% dos executivos, a política fiscal do governo não deve gerar sustentabilidade da dívida pública. Foram ouvidos 82 executivos de bancos e empresas do mercado financeiro. O resultado é avassalador. A descrença na equipe econômica é total.
Para onde irão o dólar e a inflação?
Por outro lado, 92% desses executivos avaliam que a taxa de câmbio deve subir caso ocorra mudança no Banco Central. Para 68%, o governo não está preocupado com o controle da inflação. Mas há um empate técnico sobre o patamar inflacionário. Para 36% a inflação ultrapassará a barreira dos 6% e 33% aguarda que fique abaixo dos 6%. Apesar da guerra proposta por Lula contra o Banco Central, 89% crê que o risco de mudança é baixo. A avaliação que o mercado financeiro tinha de Lula se mantém na zona da negatividade. Haddad, Simone e demais membros da política econômica não tem credibilidade alguma. Mas há exceções.
Exceção I: Como será o "Desenrola"?
O programa Desenrola chegou a ser anunciado por Lula no Palácio do Planalto, mas não há informações quando efetivamente será lançado e passará a valer. O projeto é fruto de uma promessa de campanha do petista. Pretende reduzir o número de famílias em situação de inadimplência, facilitando as renegociações de dívidas de brasileiros que ganham até dois salários mínimos. Esta coluna deposita confiança que os incompetentes do governo tenham sucesso nessa empreitada fundamental.
Exceção II: governo volta a acumular dólares.
O governo acumulou no Banco Central de 1 de janeiro até 10 de março US$ 14,2 bilhões em reservas internacionais. O país passou, assim, a ter um montante de US$ 339 bilhões. Fruto da pandemia e do péssimo entendimento do ex-ministro Guedes, seus quatro anos de erros legaram ao país a queima de US$ 65,8 bilhões. Guedes, aquele que determinou a derrota de Bolsonaro, foi o primeiro czar da economia a queimar nossas reservas. Orgulhosamente afirmava que pretendia usar esse colchão fundamental de dinheiro para quitar parte dos juros da dívida externa. Esses dólares ajudam o país a enfrentar turbulências na economia internacional, que são cíclicas e difícil de prever. As reservas ajudam o país e suas empresas a manterem a capacidade de honrar compromissos em momentos difíceis.