Porque o mundo quer investir no Brasil?
Ainda mantemos a percepção de alguns meses atrás. A maioria da população não percebeu que o trem econômico voltou aos trilhos. É verdade que falta colocar esse trem em movimento. Olhe o Brasil há um ano e perceba a diferença atual. O prêmio de risco está muito mais baixo. Esse prêmio mede a percepção que os ricos tem das chances de obter lucros. O câmbio valorizou. A taxa de juros começou a cair e tem uma perspectiva de queda grande. Há um ano, a previsão de quase todos os analistas era de retração de 3,5% do PIB. Agora, estamos pensando em um pequeno crescimento.
Que logo mais pode acelerar. Isso é só o começo. Havia um trem atolado, por erros crassos da política da nova matriz econômica. Esse trem saiu do atoleiro. E melhor, cada roda do trem que é ajustada, é uma pequena reforma econômica.
É verdade, temos um presidente com baixa popularidade, mas com interlocução e apoio do Congresso. Governa. Aprovou o teto fiscal. Conseguiu mudar a lei do petróleo, aliviando a Petrobras. Tem grande chance de aprovar a reforma previdenciária. Como tem chance aprovar a lei de venda de terras. Isso transforma o país. Uniu a competência econômica com a politica. Pode ser aos trancos, mas o barranco ficou para traz.
O Brasil é um dos poucos países "apetitosos" para investimento
O primeiro interesse dos estrangeiros no Brasil é porque nossos "ativos" estão com valor baixo. O valor de venda de nossas Indústrias e o grande comércio, quando comparado com de outros países, ainda é baixo. Também fazem a conta do cambio. Ele ainda está ruim para os brasileiros, e muito favorável para os estrangeiros. Só que o valor do cambio está mudando rapidamente, o valor do dólar está caindo.
Vejam bem, porque os chineses resolveram comprar 25% da empresa de aviação Azul, por exemplo? Estava valendo pouco, quando comparada com outras companhias aéreas internacionais. O mesmo raciocínio valeu para os norte americanos que estão investindo na Avianca.
Temos uma situação que é muito rara. Existem três grandes grupos de países para investimento. Os ricos - China, EUA e Europa - onde tudo funciona, mas, à exceção chinesa, todos tem baixo potencial de crescimento. No segundo grupo estão colocados dezenas de países. São os denominados: "em desenvolvimento". Há um fator em comum para eles: seus mercados são pequenos (não tem gente para consumir, para comprar os produtos dos estrangeiros). Dos países em desenvolvimento há poucos que tem potencial de crescimento e mercado. Os investidores estrangeiros enumeram nessa condição apenas a Índia, a Indonésia e o Brasil. Em uma posição um pouco abaixo, estão o México (antes de Trump), a Rússia e a África do Sul.
Há economistas brasileiros que elogiam o Peru, como exemplo de bom lugar para investir. Não conhecem. A economia peruana equivale a dois ou três bairros da cidade de São Paulo. É diminuta, insignificante. Há outros que elogiam o Chile. Esqueçam. A economia chilena é menor que a economia da cidade de São Paulo. Com a vitória do Macri, começam a elogiar a Argentina. Seria a terra dos argentinos um bom lugar para colocar seu dinheiro? Agora estamos falando de uma economia um tanto maior. Só que a economia Argentina é menor que a do Estado de São Paulo. É isso que os estrangeiros estão entendendo. Enquanto, parcela importante dos brasileiros difunde ódios, eles estudam e ganham dinheiro.
Os ricos esperam o apocalipse. O refúgio fica na Nova Zelândia
Para os milionários do Vale do Silício norte americano o fim do mundo está próximo. Diversos milionários da região mais rica do mundo acreditam que com a eleição de Trump, viveremos um tempo de ruptura total das sociedades, com a destruição das instituições e da ordem estabelecida. Coisa de doido fanático? Talvez. Mas é fato que eles não estão economizando para buscar uma alternativa ao furacão Trump. Estocam armas, alimentos, munições e mantêm seus helicópteros permanentemente abastecidos para a fuga. Em entrevistas à New Yorker, a melhor revista dos EUA, afirmaram que fugirão para a Nova Zelândia.
O país da Oceania é atrativo para os adeptos bilionários do fim do mundo devido a suas leis de proteção ao meio ambiente, pela facilidade de obter vistos para os ricos e, principalmente, por ficar a quase 3 mil quilômetros do vizinho mais próximo (Austrália). Um país belo e distante de todos os verdadeiros malucos que pregam o ódio. Acrescente-se à Nova Zelândia o fato de que a política por lá é extremamente respeitosa e pacifista. Não raro, os parlamentares terminam as sessões aplaudindo seus adversários. Muito "parecido" com o Brasil.