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Em Pauta

Prefeitura de Campo Grande corre sério risco de ficar devendo o décimo-terceiro

Mário Sérgio Lorenzetto | 10/09/2014 08:06
Prefeitura de Campo Grande corre sério risco de ficar devendo o décimo-terceiro

A Prefeitura de Campo Grande pagará o décimo terceiro salário?


Todos os funcionários que trabalham com os números na Prefeitura de Campo Grande são unânimes em afirmar que só um milagre possibilitará o pagamento do décimo terceiro salário. Para piorar, muitos acreditam que as receitas não permitirão o pagamento da folha de pessoal do mês de dezembro. Há dois números que aterrorizam os corredores da Prefeitura: R$ 200 milhões e R$ 280 milhões. Um dos dois seria o tamanho do rombo dos cofres municipais. Estas são as projeções do final do ano no cofre da municipalidade. O funcionalismo terá um Natal estressante?
Caso não ocorra maquiagem, os números e a verdade terão de ser abertos à população no final de setembro. Triste decisão de eleger a dupla Bernal e Olarte para dirigir os destinos da capital.

Prefeitura de Campo Grande corre sério risco de ficar devendo o décimo-terceiro
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O bilionário das farmácias


Foi em 1981 que ele que ele teve a oportunidade de comprar uma pequena farmácia na periferia de Fortaleza, no Ceará. A estratégia era vender remédios a preços baixos, o modelo de negócios foi definido ao viajar para os Estados Unidos, quando conheceu as drugstores, que vendiam de tudo - muito diferente do Brasil, onde só se vendia medicamentos, atrás de um balcão. Trazer outros itens para dentro da loja fez toda a diferença porque isso lhe permitia vender os remédios a um preço baixo e compensar os descontos com preços elevados nos demais produtos. A legislação brasileira, no entanto, não permitia venda de comida nas drogarias, o que lhe obrigou a trabalhar, inicialmente, apenas com produtos de higiene e perfumaria nas gôndolas no meio da farmácia. Usava a mesma estratégia e modelo de organização dos supermercados.

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Francisco Deusmar de Queirós mudou a configuração das farmácias brasileiras apenas copiando o que viu nos EUA


Em 2013 faturou com sua rede de farmácias Pague Menos R$ 28,7 bilhões. Tem mais de 650 lojas em todos os estados brasileiros. Mesmo com um crescimento médio anual de 20% no faturamento e no lucro está planejando ter 1.000 pontos de venda até 2017.
Em 2013, ele entrou na lista de bilionários da Forbes Brasil com um patrimônio de R$ 3,4 bilhões e continua à procura de inovações. A última inovação já é antiga: ele foi o primeiro a inaugurar uma farmácia 24 horas com as portas totalmente abertas o tempo todo. Antes, o único funcionário que ficava em uma farmácia estava "enjaulado", como em uma prisão ao contrário - os bandidos fora e o funcionário dentro da loja.
Tudo muito bonito se não fossem as insistentes denúncias de funcionários de Secretarias de Fazenda de muitos estados, que afirmam que essa decolagem do avião de competência do Queirós foi alavancada por benefícios fiscais concedidos pelo Governo do Ceará. Conceder benefícios - que são usados para erguer indústrias - para o comércio é prática rara no Brasil.

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Fraude dos vinhos


No Brasil, estamos acostumados com a ideia de que nem tudo é 100%. A gasolina pode ser adulterada, mudam o tamanho das embalagens e não avisam os consumidores e práticas parecidas tomam conta de nossas vidas. Quando o assunto é bebida, o senso comum tende a lembrar da nem sempre confiável procedência de destilados provenientes do outro lado da fronteira. Nos Estados Unidos, fraudar bebidas é coisa séria. Um comerciante de vinhos foi condenado a 10 anos de prisão por ter adulterado garrafas de vinhos raros ao usar velhas garrafas com vinhos falsificados. O negócio envolvia milhões de dólares e o advogado de defesa de Rudy Kurniawan tentou apresentar a tese de que ele queria ser aceito por um grupo seleto de consumidores, por isso teria iniciado as fraudes. Kurniawan vendia os vinhos falsificados que eram feitos na cozinha de sua casa com rótulos falsos para consumidores muito ricos e para os principais entusiastas do vinho nos Estados Unidos. Ele foi condenado a restituir US$ 20 milhões e a pagar mais de US$ 28 milhões em indenizações às suas vítimas. Nascido na Indonésia e vivendo de maneira ilegal nos EUA, agora ele pode ser deportado após o seu julgamento ser encerrado.

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Menos médicos. Nos EUA também faltam médicos


O número de médicos, enfermeiros e veterinários tem caído nos EUA. Essa é a conclusão de um estudo do National Institutes of Health, que analisou a população de profissionais de saúde formados entre 2002 e 2013. Houve um declínio de 5,5% dos diplomados durante esse período e um aumento na quantidade de trabalhadores na saúde com mais de 60 anos - que estão próximos da aposentadoria. A crise da falta de médicos também está braba por lá.
No Brasil, muitos dizem que o problema está no dinheiro, nos EUA, nem dinheiro de sobra está resolvendo. Os médicos ocupam o topo da lista de profissões bem remuneradas nos Estados Unidos com uma renda anual média de R$ 450.000, que é a forma adotada por lá para se saber quanto alguém ganha. Tudo - receitas e despesas - é computado anualmente e não mensalmente. Isto é, os médicos recebem por volta de R$ 37.500 por mês nos EUA. Como a população norte americana está envelhecendo e os jovens não colocam o curso de medicina entre suas prioridades, a preocupação é que venha a ocorrer uma diminuição ainda maior de profissionais para dar conta dos pacientes.
Será que topam levar os cubanos? Cuba fica em frente dos EUA. É só pegar um bote inflável.

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O preço da carne bovina nos Estados Unidos influencia o preço no Brasil?


A questão da globalização dos preços já foi sobejamente respondida pelo setor açucareiro. Com a construção de uma “megaestrada” que circunda o território da Índia, aquele país perdeu a posição de maior produtor mundial e passou o bastão - e os preços - para o Brasil. O Mato Grosso do Sul soube aproveitar o período e criou um imenso parque de produção de açúcar.
Os sojicultores estão acostumados com o sobe-e-desce dos preços de seus produtos - soja e derivados - no mercado norte-americano. A influência é imediata e determinante.
Mas os pecuaristas ainda se dividem em duas fortes correntes: uma que questiona e outra constituída por céticos. O fato é que há dois ou três anos ocorreu nos EUA uma forte seca, especialmente na região em que há uma grande concentração de vacas - no Texas, Oklahoma e New México. Sem condições de reter as vacas, os fazendeiros abateram matrizes. O atual rebanho norte americano é de 95 milhões de cabeças, o número mais baixo desde 1973.
Agora, os produtores dos EUA começaram a reter as matrizes e há um forte incentivo para a retenção, para aumentar os rebanhos, e os preços da carne bovina ainda estão muito elevados: as cotações aumentaram 25% em um ano. Os incentivos são para o confinamento.
Confinar e acompanhar os preços globalizados da carne bovina - para estudar as opções que estão criadas para uma fazenda - ainda são tarefas inaceitáveis para boa parte do Mato Grosso do Sul. Mas, enfim, o preço da carne bovina nos EUA influencia o preço do gado no Brasil?

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PF leiloa veículos


Alguns amigos desta coluna, que já visitaram o pátio da Superintendência Regional da Polícia Federal de Mato Grosso do Sul, em Campo Grande, voltaram de lá indignados com a negligência da Justiça com bens que poderiam muito bem equipar a própria PF e contribuir no combate à criminalidade no MS. Carros, motos, picapes e até caminhões, muitos novos, outros sucateados, mas todos invariavelmente carcomidos pelo tempo por estarem ali apodrecendo há meses. Tudo por causa das modorrentas regras de perdimento dos veículos para as forças policiais, que engessam os inquéritos e processos criminais.
Mas o sofrimento dos amigos está com os dias contados, exatamente até o próximo dia 17, quando a PF leiloará 61 lotes de veículos, alguns apreendidos com criminosos, outros aposentados de sua própria frota. O menor valor de lance mínimo é R$ 600, para uma moto 2003, e o maior, R$ 12.000, para uma caminhonete 98/99. As informações, o edital completo do leilão e fotos dos lotes estão disponíveis no site da PF (www.dpf.gov.br). Mais informações pelo e-mail crl.ms@dpf.gov.br. O leilão acontece na Associação Beneficente dos Funcionários da Polícia Federal, na Avenida Júlio de Castilhos, 4.698, bairro Ana Maria do Couto, perto do terminal.

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