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Em Pauta

Quando banhar-se foi convertido em um negócio de luxo

Por Mário Sérgio Lorenzetto | 28/09/2023 07:50
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Povos europeus, durante a Idade Média, tinham o costume de banhar-se uma vez ao ano. Eram sujos e fétidos. A preferência dos banhos era pelo mês de maio. Era assim que, as moçoilas limpinhas e cheirosas, casavam-se. Dai vem o costume de maio ser o mês das noivas. Mas essa higiene, pouco recomendável, nem sempre foi assim. Nos primeiros anos do século II d. C., os romanos adquiriram o costume de banhar-se todos os dias.


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Nos tempos de Cristo.

Os romanos não eram muito exigentes com a higiene pessoal quando Cristo estava andando pela Terra. Em suas casas tinham pequenos quartos de banho (lavratrinae) em que lavavam apenas os braços todos os dias. As pernas e partes do corpo, eram lavadas apenas uma vez a cada nove dias.


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Centenas de casas de banho foram construídas.

No século II d. c., centenas de casas de banho, as "balnea" (dai a origem dos balneários), estabelecimentos privados e pagos para entrar, foram construídos. Eram muito simples. Dado o sucesso - e lucros volumosos - dessas casas de banho, surgiram outras luxuosas, as "termae" (origem da ideia de termas). Não eram apenas casas de banho, brindavam seus frequentadores, certamente ricos, com bibliotecas, locais de palestras, jardins dedicados ás conversas e muita suntuosidade na decoração.


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O itinerário do banhista.

O costume eram banhar-se nas últimas horas da tarde. O banhista ingressava nas termas por um pórtico monumental. Ato seguinte, retiravam as roupas - tanto homens como mulheres - e untavam o corpo com óleos aromáticos. Peladões, dirigiam-se para as palestras. A seguir, iam a um grande pátio praticar exercícios físicos ou jogos com bola, competindo com atletas pagos. Só depois do treinamento físico, iniciavam o banho propriamente dito. Para refrescar-se, entravam em quatro imensas banheiras com água fria. Submergiam, em seguida, na "natatio", uma piscina descoberta com água fria e um metro de profundidade. Colocavam suas roupas e saiam a passear pelos jardins. Encontravam com conhecidos com quem conversavam e poderiam ir ao "caldarium", um lugar que contava com um sofisticado sistema de ar quente sob o solo. Podiam terminar a visita voltando às águas frias.
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