Quem comandará o Brasil? Os três cérebros
Há uma teoria que afirma quem em verdade não temos apenas um cérebro, e sim três, interconectado e trabalhando em uníssono. Essa é a mesma necessidade do país. Três cérebros em um. Um, que se assemelhe ao de Cármen Lúcia, presidente do STF; interconectado com outro assemelhado ao cérebro e destreza de Henrique Meirelles, Ministro da Fazenda e um terceiro cérebro-coração do tamanho e grandeza de um D. Paulo Evaristo Arns.
Um voltado às questões morais e jurídicas, outro ao mundo da economia e um terceiro, às preocupações sociais. A gravidade atual não permite sonhos, quimeras e utopias. Muito menos uma investida aventureira de alguém que trabalhe em prol apenas de um desses três mundos, dessas três necessidades prementes.
O desconsolo fica por conta de que a legislação brasileira prevê que alguém para postular o comando do país tenha de estar filiado à algum partido. Existe alguém com tantos predicados nos partidos atuais? Será o Brasil um país tão estéril que não tenha parido um só homem ou mulher com essa envergadura?
O novo Brasil será melhor que o agonizante?
Os analistas mais lúcidos falam em reinventar o país. É a confissão de que o atual Brasil esgotou-se. Sem duvida, existem vários Brasis. Há o da velha geração, presente em todos os partidos sem distinção, e o da nova geração, que não aceita viver nos escombros e quer começar construir algo novo.
Mas hoje, ninguém, ninguém mesmo, consegue afirmar que o Brasil que nascerá será melhor que o agonizante. Temos sérias dúvidas de quem poderá ser o novo arquiteto do Brasil. A única coisa que parece certa é que não podemos caminhar para trás.
Não é a política que está morrendo aqui, nos Estados Unidos, na Rússia e em uma longa lista de países. Entendam, sem a política não há democracia e sem ela, só resta a violência.
É melhor que os partidos percam as ilusões de uma cirurgia plástica. Ela criará um monstro. Nada de realmente novo poderá surgir de um diálogo franco e aberto com toda a sociedade. Com a sociedade inteira. E não apenas com grandes ou pequenos grupos, organizados ou não.
É urgente a figura de um pacificador. Quem inflama o fogo da discórdia não pode assumir o poder. Não precisamos de um Trump. O Brasil necessita de um Mandela.
Outro presidente sangrando em praça pública. E ainda falta o Palocci
Mais de 1.800 políticos, de vereadores ao presidente da República, estariam nas portas dos frigoríficos da JBS aguardando a hora do abate. Michel Temer sangra em praça pública. Não resistirá ao escândalo. Seu governo é congressual, depende do Congresso para sobreviver. Os deputados e senadores sempre pensam primeiro em seus votos, em suas imagens. - abandonarão Temer. A decisão de Temer de não renunciar é igual à dos parlamentares. -"primeiro minha pele, depois veremos como ficam as reformas e a economia do país". Discutem, debatem, procuram a sobrevivência. Tão somente procuram se manter no poder. Acreditam que o país pode esperar. Talvez possa esperar em muitas instâncias, mas não pode esperar no âmbito da economia.
O dólar está travando uma dura batalha contra nossa moeda. A inflação crescerá. O desemprego aumentará. Os especuladores do mundo todo se jogam nas casas de apostas, também chamadas de Bolsas de Valores, comprando e vendendo ações que em verdade estão lastreadas no tempo que Temer permanecerá no poder. O dinheiro não especulativo, especialmente o chinês, pegou um computador e viajou de volta para a Ásia. Se não bastasse a desgraça que se abate neste momento em nossa economia, some-se a provável cassação de Trump nos EUA. O período que o presidente norte-americano estará exposto, sob ataque, cria outra turbulência sobre nossa economia. Superpõe-se e é crescente. Estamos à beira de uma catástrofe de dimensão igual ou superior à da queda de Dilma. E ainda falta o Palocci.