Sansão, o fortão cabeludo judeu, foi parar nos quadrinhos
A história de Sansão, o fortão cabeludo, é recheada de mulheres, vingança e carnificina. Filho de uma mulher estéril que teve a gravidez anunciada por um anjo, Sansão era um dos juízes da Bíblia, enviado por Deus para livrar os judeus do pecado. Na época, eles estavam subjugados pelos filisteus (povo que criou cinco cidades na atual Palestina e parte de Israel, venciam quase todas as guerras por dominar a metalurgia do aço, enquanto os judeus estavam na era do bronze).
Vai começar a matança.
Sansão se casou com uma filisteia e, na festa, matou 30 pessoas - só por causa de uma aposta. Depois, por vingança, a mulher dele foi morta. Nervoso, Sansão revidou a morte da esposa matando, sozinho, mil filisteus. Sua fama de fortão se espalhou e ele encantou Dalila, outra filisteia.
Olha a cabeleira.
Mas Dalila, depois de seduzir Sansão, o traiu por 1.100 moedas de prata para descobrir a razão dessa força descomunal. Sansão contou para a sedutora que sua força era devida a seus cabelos. Dalila aproveitou o sono do fortão e cortou suas longas madeixas. O herói judeu foi preso e furaram seus olhos.
Milhares mortos.
Os filisteus levaram Sansão para uma imensa festa. A ideia era divertirem-se com sua fraqueza. Todavia, Sansão pediu a Deus que lhe devolvesse a força e foi ouvido. Empurrando as colunas do local da festa, derrubou o prédio. Só no teto desse lugar estavam três mil pessoas. Todos morreram, inclusive Sansão.
O salto para as histórias em quadrinho.
Os quadros das igrejas medievais retratando a via sacra são considerados os precursores das histórias em quadrinho, mas eles não tinham textos. Quem coloca as falas nos desenhos foi o norte-americano Richard Outcslt, em 1.895. No início do século passado, alguns artistas judeus dos EUA começam a criar os sucedâneos de Sansão. É quando surgem Tarzan, Flash Gordon, The Spirit e, é claro, Super Homem. No Brasil, Sansão virou o coelhinho da Mônica, usado para bater nas outras crianças.