Teste seus conhecimentos financeiros
Há décadas o brasileiro lida com inflação, alta de produtos que incidem em seus orçamentos domésticos, dificuldades com reajustes salariais e ações, milhões de ações trabalhistas. A média de conhecimento financeiro da população adulta brasileira é péssima. Essa é uma das causas de vivermos com tantas dificuldades no controle das finanças pessoais e familiares. Em uma pesquisa realizada pela OCDE em 30 países ficamos na posição 27. Atrás de nós apenas a Croácia, Bielorrússia e Polônia. A média de conhecimento nos 30 países é de 78% de acertos. A média brasileira é de apenas 58% de acertos. E você, tem um bom conhecimento financeiro? Teste: (propositadamente não daremos as respostas nesta data)
1. Todos os meses, João recebe seu salário em conta bancária. Este é o holerite de João do mês de abril:
Holerite do funcionário João Tamandaré
Função: supervisor do supermercado De 1 a 30 de abril
Salário bruto: 2.800 lens
Deduções: 300 lens
Salário líquido: 2.500 lens
Salário bruto anual acumulado 19.600 lens
Pergunta: Quanto dinheiro a empresa colocou na conta de João em 30 de abril?
a) 300 lens
b) 2.500 lens
c) 2.800 lens
d) 19.600 lens
2. Joaquim tem conta no Banco de Lensland. Recebe esta mensagem em seu e-mail:
Estimado cliente do Banco de Lensland
Ocorreu uma falha no computador do banco e seus dados de acesso pela internet foram apagados.
Consequentemente, você deixou de ter acesso ao banco através da internet. E o que é mais importante,
sua conta deixou de ser segura. Pedimos que toque no botão e siga as instruções abaixo para restabelecer
o acesso. Pedimos que introduza teus dados bancários para que tudo retorne ao normal.
BANCO DE LENSLAND
Pergunta: Qual ou quais dessas afirmações seriam um bom conselho para Joaquim?
a) Responder à mensagem eletrônica e dar os dados pela internet
b) Responder à mensagem eletrônica e pedir mais informações
c) Contatar seu banco e questionar sobre a mensagem eletrônica
d) Se há a logomarca do banco e o botão é igual ao que usava, seguir as instruções.
3. Novo cartão de crédito.
Lúcia vive em Lensland. Recebe pelo correio um novo cartão de crédito.
Pergunta: Junto com o cartão vem a nova senha de acesso. O que Lúcia deve fazer?
a) Anotar a senha em um papelzinho e escondê-lo
b) Pedir a alguém de confiança para ajudar a memorizar a senha
c) Anotar a senha na parte de trás do cartão
d) Memorizar a senha
4. Ações.
Estes são os preços das ações da Lenspetro ao longo de 12 meses:
Junho - 2,0 lens / Julho - 1,8 lens / Agosto - 1,6 lens / Setembro - 1,5 lens / Outubro - 1,9 lens / Novembro - 2,0 lens / Dezembro - 2,0 lens / Janeiro - 1,6 lens / Fevereiro - 1,8 lens / Março - 2,1 lens / Abril - 2,0 lens / Maio - 1,6 lens
Pergunta: Quais afirmações são certas?
a) O melhor mês para comprar as ações foi setembro
b) O preço da ação aumentou aproximadamente 50% ao longo do ano
c) As duas são verdadeiras
d) Ambas são falsas
5. Seguro de automóvel.
No ano passado, Miguel fez o seguro de seu autmóvel na empresa LensSeguros. A apólice de seguro cobria os danos do carro por acidente e roubo.
Miguel têm a intenção de renovar a apólice de seguro neste ano, mas alguns fatores da vida de Miguel mudaram de um ano para outro.
Pergunta: Qual ou quais destes fatores podem afetar o custo da apólice de seguro neste ano?
a) Miguel trocou seu carro por um mais novo
b) Miguel pintou o carro com outra cor
c) Ambos podem aumentar o custo da apólice
d) Nenhum dos dois
6. Rosa comprou roupas pela internet:
Descrição Quantidade Preço unitário Total (antes de impostos)
Camiseta 3 20 60 lens
Jeans 1 60 60 lens
Meias 1 10 10 lens
Total antes de impostos : 130 lens
Impostos 10%: 13 lens
Despesas de envio: 10 lens
Total depois de impostos: 153 lens
Preço total: 153 lens
Mas ocorreu um erro. Rosa recebeu duas camisetas e não três. A tarifa de envio é uma despesa fixa.
Pergunta: Qual será o total da nova fatura?
a) 125
b) 131
c) 143
d) 120
A invenção do trem e a obsessão pela gestão do tempo.
Hoje, passamos muito tempo falando do pouco tempo que temos. De como podemos organizar nosso "pouco tempo". A vida tornou-se frenética. Podemos dizer que o tempo dedicado para nós mesmos se choca com o tempo social. Mas isso vem de longe. Os gregos reclamavam do relógio de sol da ágora. Era uma intrusão no ritmo da vida privada.
A homogeneização social do tempo começa com os trens. Em 1830, se pôs em marcha a linha Liverpool-Manchester, essa estrada de ferro é um marco na história da pontualidade. Os trens tinham de obedecer a horários pré-determinados, mas não existia uma hora comum e essa dessincronia causava acidentes. Cada cidade tinha sua hora, marcada no sino da igreja. A ideia de unificá-la foi vista como uma imposição das máquinas.
Há artigos divertidíssimos nos jornais da época. Um diário de Edimburgo, de 1851, proclamava: "Que nosso grito de guerra seja: o trem ou o sol". Perderam a guerra, é claro. Em 1880, a estrada de ferro britânica unificou seus horários com a hora de Londres. Todos os países copiaram. O curioso é que atualmente viajar em trem é sinônimo de lentidão.
Os novos inventos - trem, telégrafo e fotografia - começaram a comprimir o tempo e o espaço. Hoje, procuramos uma ilha deserta para desconectarmos dos relógios. E não pode ser a ilha de Robinson Crusoé. Quando ele chega à ilha o primeiro trabalho é construir um calendário para conectar-se com a civilização, um consolo contra a solidão. Estamos em busca da solidão perdida. Em 1820, inventaram a primeira doença relacionada ao tempo - a nostalgia.
Médicos franceses diagnosticavam a nostalgia como uma grave enfermidade. Estranho mundo. Em seguida, virá a revolução industrial - dá ao tempo valor econômico. Quanto custa uma hora de trabalho? Essa ideia transformou radicalmente o mundo.
O taylorismo- a organização científica das fábricas - nada mais é que buscar, desenterrar e anular reservas ocultas de tempo livre. Creiam, o grande debate do futuro será sobre o "capitalismo digital" - a aceleração do trabalho contra a desaceleração. É isso que nossos "estudiosos" sindicalistas não perceberam. E nem perceberão, até quando for muito tarde. Mas pouco lhes interessa, basta o timbalar dos sinos do imposto para que tenham dinheiro. Ainda não compraram a passagem para o trem da vida.
O Google, além de nossos gostos, deseja nosso sangue, lágrimas e saliva.
Procuram voluntários, maiores de idade, dispostos a terem monitoradas suas constantes vitais durante quatro anos para um ambicioso estudo de saúde. Não remunerado. Projeto Baseline é o nome desse estudo que une Google e as universidades de Duke e Stanford (EUA).
A empresa gigante da internet deseja ter em seu banco de dados a informação genética e molecular de dez mil pessoas. É um esforço para prevenir enfermidades antes que elas ocorram e descobrir possíveis curas. Os três entes dizem que "é um grande salto para o desconhecido".