Vida e morte zumbi, o monstro mais importante do séc XXI
Por Mário Sérgio Lorenzetto | 13/02/2025 07:10
Cada época tem um monstro preferido. A moda do terror é como todas as demais, cria monstros e os mata. Assim foi com o vampiro, monstrinho venerado no XX. William Buehler Seabrook foi um jornalista norte-americano famoso por seus livros de viagem. Em um deles, “A ilha mágica”, nos leva ao coração da cerimônia vudu na selva do Haiti.
O primeiro branco a participar do vudu.
Com a publicação desse livro, William B.Seabrook se converteu no primeiro homem branco que testemunhou os rituais dessa crença originária da África Ocidental. Seu livro, não só foi um best-seller, mas introduziu em nossa cultura o conceito de zumbi, o morto-vivo, uma ideia que revolucionou a literatura de terror, bem como o cinema.
Com a publicação desse livro, William B.Seabrook se converteu no primeiro homem branco que testemunhou os rituais dessa crença originária da África Ocidental. Seu livro, não só foi um best-seller, mas introduziu em nossa cultura o conceito de zumbi, o morto-vivo, uma ideia que revolucionou a literatura de terror, bem como o cinema.
Conseguiu se integrar no mundo vudu.
O testemunho de Seabrook, que em nenhum momento se comporta como turista, foi decisivo para o nascimento do zumbi. Ele conseguiu uma façanha incrível: se integrou na sociedade haitiana como um nativo. À partir do final do século passado, o conceito zumbi foi crescendo, chegando a converter-se em sinônimo de espasmos, sangue, bruxaria e magia.
O testemunho de Seabrook, que em nenhum momento se comporta como turista, foi decisivo para o nascimento do zumbi. Ele conseguiu uma façanha incrível: se integrou na sociedade haitiana como um nativo. À partir do final do século passado, o conceito zumbi foi crescendo, chegando a converter-se em sinônimo de espasmos, sangue, bruxaria e magia.
Morte zumbi.
Lendo Seabrook, o médico Walter Cannon publicou um artigo intitulado “Morte zumbi”. Explicava uma série de mortes misteriosas ocorridas em distintas partes do mundo de pessoas que violavam algum tabu religioso. Foi assim que denominou esse conceito de “morte zumbi”. Nomeou a morte psicossomática, que não é outra coisa que a morte súbita, causada por uma contínua liberação de adrenalina, cujo efeito final é a parada cardíaca. Em verdade, a morte zumbi não pertence a uma só cultura, pode-se dizer que é uma morte globalizada. Os prisioneiros do campos de extermínio nazista, por exemplo, a sofreram em massa.
Lendo Seabrook, o médico Walter Cannon publicou um artigo intitulado “Morte zumbi”. Explicava uma série de mortes misteriosas ocorridas em distintas partes do mundo de pessoas que violavam algum tabu religioso. Foi assim que denominou esse conceito de “morte zumbi”. Nomeou a morte psicossomática, que não é outra coisa que a morte súbita, causada por uma contínua liberação de adrenalina, cujo efeito final é a parada cardíaca. Em verdade, a morte zumbi não pertence a uma só cultura, pode-se dizer que é uma morte globalizada. Os prisioneiros do campos de extermínio nazista, por exemplo, a sofreram em massa.
O que é o medo zumbi?
O medo, em termos científicos, não é outra coisa que uma informação que chega ao cérebro e este o maneja até converter-se em emoção. O fenômeno ocorre na amídala cerebral, uma pequena estrutura formada por um conjunto de neurônios, cuja missão é recolher e enviar informação onde o medo e o desejo se cruzam. É assim que ocorre o aumento do ritmo cardíaco e da frequência respiratória. Quando a amídala se vê superada pelo impacto de uma ameaça emocional muito grave, a crise pode nos levar à morte zumbi. Minha única dúvida é se os famigerados nazistas, que saltitam até em C.Grande, são criadores de zumbis ou meros monstrinhos de filme do passado.
O medo, em termos científicos, não é outra coisa que uma informação que chega ao cérebro e este o maneja até converter-se em emoção. O fenômeno ocorre na amídala cerebral, uma pequena estrutura formada por um conjunto de neurônios, cuja missão é recolher e enviar informação onde o medo e o desejo se cruzam. É assim que ocorre o aumento do ritmo cardíaco e da frequência respiratória. Quando a amídala se vê superada pelo impacto de uma ameaça emocional muito grave, a crise pode nos levar à morte zumbi. Minha única dúvida é se os famigerados nazistas, que saltitam até em C.Grande, são criadores de zumbis ou meros monstrinhos de filme do passado.
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