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Ensinar Juntos

Reflexões sobre educação: escola e a formação de cidadãos

Por Carlos Alberto Rezende (*) | 16/05/2024 09:19

Educare, no latim, é um verbo cujo sentido é criar (uma criança), nutrir, fazer crescer. Etimologicamente, podemos afirmar que educação, do verbo educar, significa “trazer à luz a ideia” ou, filosoficamente, fazer a criança passar da potência ao ato, da virtualidade à realidade.

Educação é o ato de educar, de instruir, é polidez, disciplinamento. No seu sentido mais amplo, educação significa o meio em que os hábitos, costumes e valores de uma comunidade são transferidos de uma geração para a geração seguinte.

A educação escolar deve vincular-se ao mundo do trabalho e à prática social.  Deve ser inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, que têm por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.

Segundo a Constituição Federal de 1988: " A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho". O ensino deve ser ministrado com base nos seguintes princípios:

  1. Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
  2. Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber;
  3. Pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas;

Quando pensamos em maternidade e paternidade, um dos temas que logo associamos é a educação dos filhos. A escolha da melhor escola pode ser uma decisão muito estressante para os pais, já que as duas instituições mais importantes para a formação do indivíduo são a família e a escola. A família é a primeira educadora da criança, responsável por ensiná-la valores morais e sociais; não que a escola não possa ensiná-los, mas ela tem outras tarefas importantes, como a de ensinar matemática e geografia, por exemplo. Entretanto, os tempos mudaram e os pais estão cada vez mais ocupados e esperam que escolas, principalmente as de período semi-integral ou integral, faça também esse papel. Afinal, de quem é a tarefa de educar? Para alguns pais, educar é tarefa da escola, mais precisamente dos professores. Para muitos professores, educar é só função da família. Ambos poderiam estar certos se ainda vivêssemos no tempo em que as escolas eram apenas de meio período, as mães ficavam em casa e não havia internet. Hoje, escola e família têm papéis complementares; a escola não poderá jamais substituir o papel da família na educação de seus filhos. A escola deve, no entanto, ajudar as famílias a manter e ampliar esses valores, preparando seus alunos para a cidadania e qualificando-os para o trabalho, formando assim líderes capazes de fazer a diferença nessa sociedade globalizada e cada vez mais competitiva na qual vivemos.

A fórmula “educar” é complexa, repleta de interrogações, narrativas solitárias, conflitos interiores e muitos “e agora?” para responder os infinitos porquês das crianças, contudo é fundamental não se esquecer do que dizia Pitágoras: “Educai as crianças e não será preciso punir os homens.”

(*) Carlos Alberto Rezende é conhecido como Professor Carlão. Siga no Instagram @oprofcarlao.

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