ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
NOVEMBRO, DOMINGO  24    CAMPO GRANDE 34º

Finanças & Investimentos

10 produtos para parar de comprar hoje!

Por Emanuel Gutierrez Steffen (*) | 30/06/2014 08:36

Quando falamos em organização de umorçamento pessoal as premissas básicas (bem conhecidas por nós aqui na coluna) são: controlar os gatos, poupar, e investir bem. Dentre todos estes “procedimentos”, talvez o mais difícil seja o controle de gastos, pois demanda um controle maior das emoções, dos impulsos, e um acompanhamento constante (quase que diário) do padrão e objetivos de consumo. Por este motivo, dicas e orientações sobre como conseguir melhores taxas, comparação de produtos, e conhecimento das melhores estratégias de compras, são muito relevantes para a nossa saúde financeira. Com isto em mente encontrei um artigo no portal uol, com dicas de especialistas sobre produtos e serviços que devem ser cortados da lista de despesas - porque não cumprem o que prometem, estão obsoletos ou, simplesmente, são desnecessários. Este pode parecer mais um daqueles conselhos que alguns podem julgar desnecessários, mas não podemos desconsiderar o peso que exercem os fatores tempo, e juros compostos sobre o capital (mesmo que seja mínimo)gerado com as economias proporcionadas nesta “eficientização” do consumo. Vejamos agora quais são estes produtos analisados pelos especialistas:

1 - Filtro solar com altíssimo fator de proteção:

Farmácias e drogarias vendem filtro solar com FPS 15, 30, 60 e até 100. O FPS 15 bloqueia até 96% dos raios ultravioleta e o de 30, até 98%. Os produtos com FPS mais alto são mais caros, mas oferecem proteção, no máximo, de 99% - uma diferença quase inexpressiva. "Não existe vantagem em filtro acima de 30", diz Marcus Maia, coordenador do Programa Nacional de Controle do Câncer da Pele, da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

2 - Garantia estendida:

Esse tipo de seguro é oferecido pelas lojas para complementar à garantia legal de eletrodomésticos e eletroeletrônicos. Só quando precisa usá-lo, no entanto, é que o consumidor descobre que existe uma série de restrições: a cobertura não é dada, por exemplo, no caso de um defeito causado por mau uso. Pesquisa do Procon-SP com consumidores que contrataram garantia estendida mostrou que a maioria não usou (63,22%) e, entre os que usaram, metade teve problemas.

3 - Seguro de cartão de crédito:

Quem contrata um cartão de crédito é logo apresentado a uma modalidade de seguro que, garantem as operadoras, dará garantias ao consumidor em caso de roubo ou furto. Ainda que o valor pareça baixo, entre R$ 3 e R$ 4 por mês, é um gasto desnecessário, alerta a supervisora institucional da Proteste, Polyanna Carlos Silva. "Se o cartão foi furtado e o cliente fez o bloqueio, qualquer compra feita a partir dali será de responsabilidade da administradora".

4 - Aparelho de DVD:

Não vale mais a pena comprar aparelhos de DVD, pois caiu o preço dos tocadores de blu-ray. De janeiro de 2010 até julho deste ano, o preço dos blu-ray players caiu de R$ 686, em média, para R$ 501, segundo a consultoria GFK. Já é possível encontrar, no mercado, aparelhos por até R$ 300. O professor da Poli-USP Marcelo Zuffo destaca que a troca compensa porque os blu-ray players também tocam os discos de DVD, o que evita que o consumidor perca sua coleção de filmes.

5 - Desodorante redutor de pelos:

Nos últimos anos, surgiram no mercado diferentes marcas de desodorantes que prometem reduzir a quantidade de pelos nas axilas. Uma pesquisa divulgada pela Associação de Consumidores Proteste com três produtos do tipo, porém, mostrou que eles são ineficazes quando utilizados por um período de 30 dias. E os fabricantes não informam, na embalagem, o tempo exato necessário para que os efeitos comecem a aparecer.

6 - Título de capitalização:

Os bancos vendem o título de capitalização como um tipo de investimento: o consumidor deixa o dinheiro guardado por determinado período, o valor é corrigido e ele ainda pode concorrer a uma série de prêmios. O educador financeiro Mauro Calil destaca que a correção é prefixada e pode repor ou não a inflação. Segundo ele, em poucos casos, ultrapassa a inflação. Por isso seria melhor deixar o dinheiro na poupança ou um título publico por exemplo.

7 - Crédito rotativo do cartão:

Quem paga só uma parte ou o mínimo da fatura do cartão de crédito arca, segundo dados daAnefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade), com as taxas de juros mais altas do mercado: 10,69% ao mês, ou 238,30% ao ano. Se não der para pagar a fatura inteira, compensa mais pedir um empréstimo pessoal no banco, com taxa de 4,58% ao mês (71,15%) ou usar o cheque especial (8,25% ao mês, 158,90% ao ano).

8 - Produtos piratas:

A economia gerada pela compra de um produto pirata quase nunca compensa. Primeiro, porque a qualidade é inferior e sua duração, mais curta. Depois, porque eles podem oferecer riscos à saúde do consumidor. Tênis falsos causam danos aos pés, óculos prejudicam a retina, baterias de celular podem explodir e brinquedos podem se quebrar em peças pontiagudas, ferindo as crianças, exemplifica Edson Vismona, presidente do Fórum Nacional Contra a Pirataria e a Ilegalidade.

9 - Imóvel financiado por cooperativa habitacional:

A cooperativa habitacional tem como princípio a associação de pessoas para a construção de suas casas, sem intermediários e sem visar lucros. O problema acontece quando, por qualquer motivo, o comprador desiste do negócio: os contratos costumam ter cláusulas que dão à cooperativa o direito de reter 30% do valor recebido em caso de desistência. Pior: como não se trata de uma relação de consumo, o consumidor tem poucas opções para reclamar.

10 - Alimentos enriquecidos com Ômega 3:

É vasta a oferta de produtos enriquecidos com Ômega 3 nos supermercados. Leite e ovos são vendidos como fonte de um suplemento alimentar importante para toda a população. O nutrólogo e cardiologista Daniel Magnoni ressalta, no entanto, que a as únicas pessoas que precisam de reforço do Ômega 3 são as que têm problemas como doenças cardiovasculares, deficiência imunológica ou de coagulação. "Tirando esses casos, esses produtos não servem para nada".

E então amigo leitor, gostou das dicas? Tem alguma sugestão de produtos que julga irrelevante para consumo, ou ainda, que podem ser substituídos por outros mais eficazes ou eficientes? Deixe seu comentário logo a abaixo e contribua com a discussão. Uma ótima semana e até a próxima!

Disclaimer – A informação contida nestes artigos, ou em qualquer outra publicação relacionada com o nome do autor, não constitui orientação direta ou indicação de produtos de investimentos. Antes de começar a operar no SFN - Sistema Financeiro Nacional o leitor deverá aprofundar seus conhecimentos, buscando auxílio de profissionais habilitados para análise de seu perfil específico. Portanto, fica o autor isento de qualquer responsabilidade pelos atos cometidos de terceiros e suas consequências.

(*) Emanuel Gutierrez Steffen – Criador do portal www.manualinvest.com

Nos siga no Google Notícias