As lições de Warren Buffett podem (mesmo) mudar sua vida?
Ao falar de investimentos, é impossível não mencionar Warren Buffett, que em 2013 foi um dos ricaços que mais aumentou sua fortuna e, ao mesmo tempo viu, depois de muitos anos, o retorno de seus investimentos perder para o S&P500, principal índice da bolsa norte-americana.Ah, sim, este megainvestidor está entre os grandes modelos e ídolos no mundo das finanças, talvez uma unanimidade entre adeptos dos investimentos como um estilo de vida. É curioso notar, no entanto, que depois de tantos livros e textos sobre ele, ainda tenhamos apenas um Warren Buffett.
Buffett toma decisões segundo princípios muito difundidos na literatura de investimentos, mas só analisamos suas “tacadas” tempos depois – quando então vimos que ele acertou em cheio mais uma vez.Ao que tudo indica, muitos outros investidores ficam pelo caminho, tomados pela ganância e/ou envolvidos no perigoso mundo da especulação. Mas não é só isso: alguns deles se dão tão bem quanto o megainvestidor Buffett, mas as cifras envolvidas são menores e suas movimentações não chamam tanta atenção.
Buffett investe pensando na criação de valor: O valueinvesting, escola de investimentos defendida por Benjamin Graham (guru de Buffett) e difundida por Warren Buffett, defende o investimento em longo prazo a partir de escolhas rigorosas de boas empresas que estejam subavaliadas e/ou com perspectivas de crescimento ainda inexploradas (ou que passaram despercebido).Você deve se lembrar de que, enquanto todo mundo comprava e vendia ações de empresas de Internet, lá nos idos de 1990 e 2000, Mr. Buffett aumentava suas posições na maior fabricante de refrigerantes do mundo. A crise das empresas pontocom acabou com muitos participantes do mercado. Buffett saiu ileso.
Hoje acontece algo semelhante com as empresas de biotecnologia. Embora ele não tenha dito que não investiria nestas companhias, que apresentam altas expressivas na Bolsa norte-americana e são as queridinhas do momento, parece razoável crer que ele não embarcará nessa tão cedo.Sua estratégia pode ser definida por seu estilo e resumida por duas de suas frases:“Nunca invista em um negócio que você não compreenda”. Regras de negócio claras, mercado estabelecido e compreendido e modelo de negócios compreensível e escalável são aspectos muito valorizados por Buffett;“Meu período favorito para manter uma ação é para sempre”. Investir para ele é sinônimo de ser sócio do negócio a ponto de participar do dia a dia da empresa, cobrar resultados e fazer a empresa se destacar e, principalmente, durar. Nada de aventuras ou trades curtos.
Buffett conhece, confia e depois investe: O principal a observar é que o investidor bem-sucedido acredita mais em evidências do que em especulação ou em movimentos pontuais do mercado – e, por isso, aloca seu patrimônio no sentido de gerar valor no longo prazo. Não faz isso porque é “certo”, mas porque acredita que assim faz mais sentido.Outra máxima que Buffett faz questão de difundir é a de que informação demais pode paralisá-lo. Trocando em miúdos, a situação se repete em muitos lares: brasileiros cada vez mais interessados no tema “investimentos”, lendo mais, buscando informações na Internet e através de seus gerentes. Diante de tantas opções de investimento, a sensação de ser um “ignorante” e a aparente complicação paralisam a tomada de decisões.Tenho notado muita gente querendo saber tudo sobre este ou aquele investimento, o que pode ser bastante cansativo (e improdutivo). Compartilhar experiências, procurar ajuda especializada (pagando por isso, se for preciso) e ser mais objetivo geralmente funciona melhor. Lembre-se: conheça, confie e depois invista.
Conclusão: A questão é que o investidor bem-sucedido é uma pessoa bem informada, mas também bem assessorada. Buffett tem uma equipe fantástica ao seu lado, bem como um networking de dar inveja a qualquer político internacional. O mesmo acontecia com investidores de perfis diferentes, como Jesse Livermore.
Um artigo sobre Buffett sempre soará raso e superficial, tamanha é a sua história e as lições que ele consegue passar a investidores mundo afora. Assim, permita-me encerrar com aquela que é, na minha opinião, seu principal ensinamento: cuidado com a busca da “melhor hora para começar a investir” e do “melhor investimento”, isso não existe.
Entre esperar a hora certa para começar o que quer que seja e simplesmente começar com o possível, a segunda opção sempre contribuirá muito mais e de forma mais decisiva para um legado maior e melhor aproveitado. Buffett começou a poupar e investir antes de completar 10 anos e nunca mais parou.Respondendo à pergunta do título deste artigo, sim, agir como Warren Buffett é perfeitamente possível. Comece esquecendo o tamanho que ele tem e abraçando a sua principal lição: a jornada deve ser vencida com esforço constante, não apenas com tacadas brilhantes. Ou seja, controle emocional. Faz sentido? Espero que sim. Bons investimentos e até a próxima.
Fonte: dinheirama.com.br
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(*) Emanuel Gutierrez Steffen, criador do portal www.mayel.com.br