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Finanças & Investimentos

Imposto de Renda: a responsabilidade é sua

Por Emanuel Gutierrez Steffen (*) | 09/03/2016 08:09

Mais uma vez, chegou a hora de prestar contas com a máquina comedora de renda. Do início de março até 30 de abril, devem prestar contas aqueles que tiveram renda tributável acima de R$ 25.661,70, rendimentos isentos, não tributáveis ou tributados na fonte acima de R$ 40 mil, bens acima de R$ 300 mil e também os tradicionais casos de ganhos de capital e atividade rural.

A principal recomendação para a declaração de Imposto de Renda é que você mesmo deve fazer a sua. Não estou menosprezando o papel de contadores que prestam esse serviço. Mas é importante você dominar suas informações financeiras.

Hoje, a Receita Federal é capaz de cruzar todas as movimentações que afetam seu CPF, entre folha de pagamentos, bancos, cartões de crédito e compras de grande valor. O governo sabe quem sonega e quem age dentro das regras, e a malha fina só não é mais fina porque a fiscalização não dá conta. Não é razoável o governo conhecer sua vida financeira melhor do que você mesmo. Dê valor à declaração, preencha-a e contrate um contador só para revisá-la e orientá-lo. Adquirido o hábito, preencher a declaração é como montar um quebra-cabeça. Basta seguir as orientações e copiar dados que você deveria ter organizado.

Caso você ainda tenha patrimônio ou renda não declarados, informe-se com seu contador sobre como regularizar isso sem se onerar mais que o necessário. Neste ano, por exemplo, o governo está anistiando de multa quem declarar bens no exterior até então omitidos. O prazo para declará-los acaba em 5 de abril – atente ao prazo, se for seu caso.

Não estou assumindo as dores do governo nem implorando à população que contribua com a insana sede arrecadatória. Pelo contrário, defendo que paguemos o mínimo devido obrigatoriamente ao governo, aproveitando todas as isenções e oportunidades de direcionar impostos devidos a mecanismos mais responsáveis de gestão da arrecadação – como instituições filantrópicas, planos de previdência e afins. Entretanto, quem sonega está agindo à margem da lei, expondo-se a multas desproporcionais e até a confisco de bens. Afinal, o que não é declarado não tem dono.

Algumas técnicas para reduzir o imposto a pagar incluem manter na informalidade pequenos negócios (o que não é ilegal, desde que seguidas as regras), dividir as declarações familiares em mais de um CPF (abrindo mão de dependentes, mas aumentando o limite de isenção), comprar moeda estrangeira (que nos blinda da inflação sem a apuração de lucros tributáveis) e consumir com moeda não financeira, como milhas e moedas comunitárias. Informe-se e não pague nada além do devido. Se não gosta das regras, é nas eleições, e não na declaração, que você deve manifestar sua defesa.

Fonte: Gustavo Cerbasi\ www.maisdinheiro.com.br.
Disclaimer – A informação contida nestes artigos, ou em qualquer outra publicação relacionada com o nome do autor, não constitui orientação direta ou indicação de produtos de investimentos. Antes de começar a operar no SFN - Sistema Financeiro Nacional o leitor deverá aprofundar seus conhecimentos, buscando auxílio de profissionais habilitados para análise de seu perfil específico. Portanto, fica o autor isento de qualquer responsabilidade pelos atos cometidos de terceiros e suas consequências.

(*) Emanuel Gutierrez Steffen é criador do portal www.mayel.com.br

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