Qualidade de vida: quanto antes, melhor.
A necessidade de ser previdente, assim como a importância de termos uma poupança visando o longo prazo, é algo atemporal. E no cenário atual da economia, com juros altos, inflação que deve ser de quase 8% em 2015 e endividamento crescente entre as famílias brasileiras, mais do que nunca, é o momento de refletir sobre isso.A razão é que esses fatores são os que mais corroem o poder aquisitivo das pessoas, bem como a capacidade de poupança para o curto, médio e longo prazo. Deixe-nos deixar claro:A poupança de curto prazo é para que tenhamos recursos para urgências e eventualidades, como um carro ou a máquina de lavar que quebram, ou um problema de doença;A poupança de médio prazo é, por exemplo, para a troca do automóvel ou a reforma da casa;Já a poupança de longo prazo é para que tenhamos dinheiro para concretizar um projeto de vida maior, como a compra da casa própria, a abertura de um negócio ou mesmo para aproveitar a aposentadoria depois de anos de trabalho mantendo o mesmo (ou melhor) padrão de vida que temos hoje.
Sem planejamento, entretanto, nada disso é possível!Um dos grandes erros que as pessoas cometem é só pensar nessas questões quando já não são tão jovens, com 35 ou 40 anos de idade, ou, pior, quando os dias difíceis – como o que estamos passando no momento – batem à nossa porta.Aliás, fica mais difícil dedicarmos uma parte dos nossos ganhos para o futuro quando a inflação corrói nosso poder aquisitivo ou a dívida do cheque especial ou do cartão de crédito ultrapassam a estratosfera.Deixamos aqui duas dicas. A primeira diz respeito a termos um pensamento previdente. Ou seja, reservar uma parte do que ganhamos para questões de curto, médio e longo prazo. A segunda dica, que é complementar à primeira, é termos disciplina para fazê-lo.Não estou dizendo para abrirmos mão da diversão, das viagens e passeios para desfrutar de bons momentos com a família e amigos. Isto é absolutamente necessário e recomendável, pois diz respeito à nossa qualidade de vida. Equilíbrio, portanto, é a palavra-chave. E para tal, a disciplina é fundamental. Isto é a essência da educação financeira, tema que envolve também outros relevantes aspectos.
Falamos antes da questão da idade e desejamos retomar esse quesito, que é muito importante. Quem nunca ouviu a expressão “quanto antes, melhor” ou “ponha o dinheiro para trabalhar para você”? Estas são outras máximas da sabedoria popular que praticamente 100% dos especialistas concordam e sempre reforçam.A razão é que os recursos arrecadados em um longo período de contribuição farão com que o montante final seja composto por uma fatia maior dos rendimentos do que por aportes realizados, fazendo, assim, o tempo e a rentabilidade trabalharem para o investidor. Ou seja, é a vantagem dos “juros sobre juros” que beneficiam mais quem começa a investir cedo.
Acompanhe os seus investimentos: Ok, você já aplica uma parte do que ganha com foco em diferentes prazos. Ótimo! Mas se você se esquecer de acompanhar e de revisitar o quanto investe, aí estará incidindo em outro equívoco bastante comum.Todos nós temos que avaliar, de tempos em tempos, a evolução dos investimentos que fazemos, não só em ganhos de rendimentos, mas também avaliando periodicamente se a quantia que está sendo aportada é suficiente para as finalidades definidas.
Acompanhe o raciocínio: se hipoteticamente você começou a investir há cinco anos, é muito provável que desde então sua renda tenha evoluído, e é importante que o montante que você investe periodicamente acompanhe esse crescimento. A questão é simples: não é que você perderá dinheiro, mas em tese deixará de ganhá-lo se não corrigir os aportes realizados.Mantenha o foco no longo prazo!Não se apavore diante de oscilações, que são naturais no mundo dos investimentos – a famosa volatilidade. Em momentos de flutuações, como temos observado ultimamente, não caia na tentação de resgatar o dinheiro e, portanto, realizar o prejuízo.
Nestes casos, o mais indicado é permanecer na aplicação e aguardar, no longo prazo, a recuperação da rentabilidade. Outro cuidado que é preciso ter é na comparação de ferramentas distintas de investimentos, pois produtos com prazos e objetivos diferentes não oferecem uma boa base de análise.Por exemplo: não faz sentido comparar a rentabilidade de planos de previdência, que tem foco no longo prazo e um conjunto de benefícios fiscais e tributários, com a rentabilidade de fundos DI, que tem foco no curto prazo, além de outras características em termos de tributação.Em resumo, temos que investir nossos recursos financeiros com disciplina, não somente preocupando-se em gastá-los. É fundamental sermos previdentes, o que numa definição bastante simples significa pensar hoje no que queremos amanhã, e agir para isso: não esperando, mas fazendo acontecer.
Fonte: dinheirama.com.br
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(*) Emanuel Gutierrez Steffen, criador do portal www.mayel.com.br