Amplavisão
O DESAFIO: Como conter a insatisfação dos eleitores que votaram na Marisa pelo seu perfil de educadora e dos pecuaristas caloteados pelo “Independência” do Toninho Russo? No saguão da AL não se falava em outra coisa!
IMAGINEM o “novo senador” como convidado vip na Expô! Ficaria de saia justa ou apostaria na falta de memória da opinião pública? Questões como essa vão aflorando e precisam ser registradas para não se alegar ignorância e omissão.
EVIDENTE que o jogo político é frio e profissional. Como a lei permite, caso vire mesmo senador, Toninho Russo poderia voltar ao PR e vestir a farda de aliado de Dilma, abrindo caminhos para André junto ao Palácio do Planalto.
CANDIDATURA majoritária na capital exige bem mais que vontade, direito e partido. Envolve interesses que passam pelo empresariado e lideranças classistas. Também não há clima para ‘candidatura tipo meteórica e de salvador da pátria”
A JANELA do novo partido (PSB) deve ser a opção de Paulo Siufi, Os seus desafios: Qual o seu discurso? Quem são seus companheiros? Como conviver com o PT e cia sem negar o passado (ainda presente) e o parentesco com os Trad?
A PRESSÃO pela candidatura própria do PMDB já é grande e deve aumentar. André e Nelsinho pisam em cristais para manter o leque de candidatos no 1º turno e reagrupá-los no turno decisivo. Pode estar aí a grande vantagem sobre o PT.
DAGOBERTO conhece bem as entranhas do PT. Suas confissões recentes ao colunista confirmam a “incompatibilidade de gênios” entre Zeca e Delcídio. Esse noticiário sobre reconciliação entre ambos é de encomenda, não tem consistência.
ZECA tem convicção de que os votos do PT no MS são exclusivamente dele, força de seu trabalho de base, enfim de sua militância. Portanto, na sua visão, o processo sucessório de 2012 - inclusive da capital - deve passar por ele.
DELCÍDIO quer fincar de vez o pé na capital para construir base e grupo. O apoio à Paulo Siufi seria uma das opções? Lembro: a candidatura de Vander poderia vir a fortalecer Zeca para o pleito de 2014. Não interessa à Delcídio.
REPENSAR Com a ida de Marisa ao TCE, Azambuja pode rever seu projeto: os tucanos continuariam coadjuvantes do PMDB. Não vejo outros nomes no PSDB que tenham densidade eleitoral ou que empolguem o eleitorado.
EMPRESÁRIOS Todos os nomes foram examinados pelos ‘analistas’ do saguão da AL. Não há pelo menos um na capital que reúna prestígio pessoal e carisma que empolgue a população. Conclusão: desse mato não sai coelho.
E AGORA? Concluída essa fase de trabalho das Comissões da Reforma Política, fala-se na realização de plebiscito ou referendo nacional para que o eleitor escolha o modelo de sua preferência. Confira abaixo as hipóteses mais prováveis.
“DISTRITAL” O país é dividido em distritos (quantos e quais critérios?) e o eleitor escolhe só um representante. Outro sistema: o “Distrital Misto”, parte é eleita por distritos e outra metade pela tradicional eleição majoritária.
“LISTA FECHADA” O partido elabora lista de candidatos que serão eleitos de acordo com a ordem em que foram colocados nesta lista. O eleitor vota assim no partido e não nos candidatos. O eleitor não tem outra opção de voto.
“DISTRITÃO” As eleições em todos os níveis são majoritárias, os eleitos serão os candidatos mais votados. Outro sistema é o “Distritão Misto”: uma parte é preenchida pelos nomes da lista fechada e outra pela eleição majoritária.
DESTAQUE para outras inovações aprovadas: candidatura avulsa (sem partido) para prefeito e vereador; financiamento público de campanha e mudança da data de posse de prefeitos, governadores e presidente da república inclusive.
O ELEITOR ‘está por fora’ do que se pretende mudar; tudo ainda está na fase embrionária. A sociedade precisa ser esclarecida através de campanha para se mobilizar em favor desta ou daquela proposta. Tudo tem seu tempo.
ACERTADO mesmo é que a o instituto da coligação vai acabar. Com ela acaba a moleza de um candidato pífio se eleger graças a votação de outros. Caso recente dos candidatos favorecidos pelo excelente desempenho do Tiririca.
PAULO DUARTE notabilizando-se pela análise crítica do modelo das concessões dos serviços públicos. Em todas elas, as concessionárias têm mais direitos que deveres e as clausulas penalizam o consumidor sem defesa. É ferro!
INDIGNAÇÃO Foi o que faltou ao Tetila em seu discurso contra a indisponibilidade de seus bens pela Justiça. A citação de seu filho dentista, como beneficiado de “ mensalão” dos Uemura, não foi contestada pelo deputado. Grave!
O VÍRUS da política é contagiante. Na mídia as notícias sobre o envolvimento de familiares de senadores e deputados na política. É difícil, por exemplo, desassociar um filho do mandato eletivo do seu pai. Como se diz: está no sangue.
AQUIDAUANA Foi só as águas voltarem ao leito do rio e o prefeito Fauzi enfrenta outro problema: denúncias de irregularidades. Claro que o ambiente político da cidade é conhecido, mas a Justiça existe exatamente para isso. É esperar.