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Manoel Afonso

Amplavisão

Manoel Afonso | 09/09/2011 10:00

FRASES geniais que selecionei na passeata de Brasília: “Menos ratos, mais ratoeiras. Não precisa CPMF. Basta não roubar. Kadafi, não importa seu passado; no Brasil você pode ser deputado. País rico é país sem corrupção.”

INÉDITO: Sem bandeiras de partidos - por razões evidentes - a passeata foi fruto de convocação apenas pela internet e não de uma ‘conspiração midiática’ como foi estranhamente apregoado no congresso do PT.

A PASSEATA pediu uma faxina geral: Ricardo Teixeira, voto secreto, ficha limpa, CPMF e impunidade. ‘Estranha’ foi a ausência do pessoal do MST/ CUT e sindicatos, especialistas em protestos no passado. Lembra companheiro?

PORTANTO espera-se que tenha sido reaberta a porteira de protestos de rua, fechada desde o ‘Fora Collor’. Se os evangélicos, gays e consumidores da maconha foram às ruas, por que o restante da cidadania brasileira se recolheu?

VIOLÊNCIA Assusta a crescente onda de casos de abusos sexuais contra crianças. Os especialistas e autoridades questionam as razões. Registrar e punir os casos não é o bastante: é preciso ir fundo. Concorda?

SÃO IGUAIS Se Fidel, Chavez e ‘outros’ detestam imprensa livre, Costa e Silva também não gostava. Num jantar na casa da dona do JB ele disse: “Nós não gostamos da crítica construtiva. Gostamos de elogios mesmo.”

O FANTASMA da Reforma Fiscal tirando o sono do deputado Eduardo Rocha, que adverte: se as regras mudarem vamos voltar ao estágio do boi e soja. Paulo Duarte lembra: “as empresas não trocaram SP por MS de graça”.

ANDRÉ tem consciência dos estragos. Os deputados, independentemente de partido, sabem que está em jogo o futuro do Estado. O problema é velho: somos uma formiga lutando contra gigantes poderosos no contexto nacional.

COINCIDÊNCIA A ‘Lei Fragelli’, dispondo sobre crime ambientais foi promulgada em 12/02/88 e no dia seguinte fez a primeira ‘vítima’ justamente em Aquidauana. Um japonês que pescava com rede foi flagrado e preso.

A PROPÓSITO A legislação é tida como rigorosa demais para os padrões culturais do brasileiro. Uma ironia com pitada de verdade: é mais fácil a absolvição no crime de homicídio do que para o caçador preso em flagrante.

HIPOCRISIA Fazendeiro agüenta onça comendo bezerro todo dia? O que fazer com a sucuri que ataca os porcos e animais? E quem paga os prejuízos das capivaras, queixadas, antas e porcos do mato nas lavouras ribeirinhas?

POR EXTENSÃO não há como ignorar a praga dos pombos nas grandes cidades. Eles transmitem doenças, causam estragos nos prédios e são protegidos por lei. Aliás, o fato precisa ser encarado como questão de saúde pública.

TAMBÉM vale questionar a lei sobre armas de fogo. Um absurdo: o fazendeiro sem uma espingarda para se defender! Ora! A realidade rural é bem diferente da urbana. E a burocracia para se legalizar uma arma é indescritível.

CONCLUSÃO: É preciso repensar as leis que regem o meio ambiente e o porte de armas de fogo. Até parece que os legisladores vivem no país da utopia, sem contrastes e problemas. Mas o nosso Brasil é outro, diferente. Se é!

CAI A MÁSCARA Grandes construtoras dando o balão nos trabalhadores. Para fugir dos encargos trabalhistas usam subempreiteiras. Daí que a CPI proposta por Picarelli deve mostrar o outro lado (sombrio) da construção civil.

A MUTRETA: para executar certos serviços nas obras, as empresas subempreitam para microempresas - que antes de completar os 30 dias - demitem os operários sem pagar os salários e os encargos trabalhistas. Entendeu?

A NOVELA do ‘casamento’ Zeca-Delcídio sem final feliz. O Correio do Estado é o ‘patrocinador’ com insistentes notícias e depoimentos. No saguão da Assembleia os irônicos lembram: ‘isso é coisa do Antonio João’.

RESPONDA: Você acredita que vamos dar conta de colocar o país em condições de sediar decentemente Copa e Olimpíadas? Vivemos na base do improviso, deixamos tudo para a última hora. Ora! Criatividade tem limites.

CONTINUA repercutindo bem a proibição da venda de salgadinhos e Cia nas cantinas escolares da capital. A cotação dos vereadores subiu muito em função disso. Foi um agradável ‘puxão de orelhas’ nos país de nossas crianças.

“PULA...PULA!” A candidatura do Antonio João a prefeito da capital lembra aquele suicida no alto do prédio - que após ameaçar pular recua - enquanto a torcida lá embaixo após gritar “pula pula’, passa a vaiá-lo frustrada. A conferir.

ZÉ DIRCEU Posa de democrata e herói mas não assinou a Constituição de 1988, foi contra a Lei de Responsabilidade Fiscal e denunciou o Plano Real como uma farsa eleitoral da direita. Quanta incoerência, quanta hipocrisia.

CALMA... Pesquisa eleitoral exige uma leitura cuidadosa para não se meter os pés pelas mãos. Recomenda-se levar em conta o que aconteceu nos pleitos passados aqui na capital. Está muito cedo para conclusões definitivas.

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