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Manoel Afonso

Amplavisão

Manoel Afonso | 28/01/2011 09:55

SIMONE Não é peça decorativa, participa, é prestigiada pelo governador. Seu discurso na posse foi o primeiro sinal. Você já viu vice falar em posse? Agora, coordenando ações estratégicas vai ganhar mais musculatura. Entendeu?

PENSANDO BEM... Mandato não é emprego. E apenas o exercício de um poder que foi delegado para representar alguém. Daí não se poderia falar em aposentadoria. Mas como fomos colonizados por Portugal, tudo é possível. Não é?

APOSENTADORIAS Dois aspectos: legal e moral (política). No primeiro é preciso respeitar os direitos adquiridos antes da Constituição de 1988. No segundo, aproveita-se a chance de explorar o tema num palanque eleitoral.

PEDROSSIAN Sua aposentadoria no MT uno é intocável. No caso de MS, se perder a aposentadoria do último mandato, poderá requerer os benefícios do mandato obtido por força da nomeação, sucedendo Marcelo Miranda.

MARCELO Miranda: governador duas vezes. Na primeira sucedeu Harry e foi anterior a CF de 1988. O fato polêmico: iniciou seu 2º mandato em 1987 sob a égide da CF de 1967 e concluiu com a nova Constituição.

NA HIPÓTESE do STF cassar sua aposentadoria, tendo como base o “fato polêmico” citado no tópico anterior, ele poderá requerer os benefícios pelo fato de ter sido governador nomeado, ainda que por pouco tempo.

WILSON Martins iniciou seu primeiro mandato em 1983 e foi substituído por Ramez que governou menos de um ano. Nos dois casos há que se atentar, também, que os mandatos foram exercidos antes da promulgação da CF.

A SITUAÇÃO de Zeca do PT é diferente. Sua aposentadoria desrespeitou a proibição da Carta Magna, que por sua vez, não pode retroagir para prejudicar direitos garantidos na Constituição anterior. Juridicamente, seria uma aberração.

PORTANTO não há que se apregoar a extinção pura e simples da pensão de todos os ex-governadores. Cada caso é um caso. Zeca lembra aquele personagem que impedido de se servir, quer jogar terra na comida dos outros.

ZECA é um cidadão saudável, não tem o que reclamar. A vida tem sido generosa com ele. Advogado, poderia imitar centenas de colegas da sua idade que enfrentam com admirável garra a burocracia da justiça. Fica a sugestão.

CÁ ENTRE NÓS Há muita demagogia e falso puritanismo no caso. Isso aqui não é a Suécia. Será que o Judiciário, que procrastina os casos do Mensalão e do Battisti, moverá uma cruzada moral trombando com o Congresso? Duvido

“A MISSA” da nova mesa da AL é conhecida, do tempo do latim. André e Londres já deram suas bênçãos e Paulo Corrêa ficará com a 1ª. Secretaria, Picarelli na 1ª. vice- presidência e Dione Hashioka na 2ª. vice-presidência.

CHICO MAIA Ia bem na Acrissul, com as bênçãos de André e Nelsinho. Mas aí ele avançou o sinal nas eleições, criou arestas e agora começa ter problemas. Essa decisão judicial contra os shows deixa sinais no ar. É interessante.

NOS BASTIDORES há luta intensa para se viabilizar candidaturas à prefeitura da capital. Neste rol também estão o vice Edil e o vereador Siuffi, cada qual dentro de seu espaço. Isso é bom, revigora os partidos e alimenta a política.

NA FRENTE Com o PSDB dividido e sem rumo, o PT quer consolidar a conquista de boa parte da classe média. Para agradá-la, arquivou a questão da revisão da anistia, do aborto, controle da mídia e deu “tempo na reforma agrária”.

ENQUANTO Aécio, Alckmin e Serra não se entendem, Álvaro Dias deu sua notável “contribuição” de desgaste ao requerer a aposentadoria retroativa. Portanto, Dilma está tranqüila: vai governar com uma oposição frágil e sem discurso.

FOMINHA Aposentadoria como anistiado político, por invalidez (perda do dedo) e como ex-presidente. Agora Lula vai embolsar mais R$13 mil do diretório do PT, com direito a carteira assinada. Enquanto isso, nos lixões das capitais...

USUÁRIOS reclamam da NET sem sucesso. A esperança é a aprovação também no Senado de lei que possibilite a entrada de concorrentes no mercado. TV por assinatura na capital é sinônimo de sofrimento e paciência. Certo ou errado?

PEPINO Chapadão do Sul tem 38 ônibus escolares e Rio Verde tem 15. Imagine as despesas de manutenção dos veículos e os problemas afins! Será que essa lei nacional sobre a educação nos municípios é a ideal ou a melhor?

CRIANÇAS acordando de madrugada, correndo riscos diversos e passando boa parte do dia longe dos pais. O problema é que há cada vez menos gente nas fazendas, o que inviabiliza a manutenção das tradicionais escolas rurais.

CONVERSEI com vários prefeitos. Lamentam o alto custo e o fato do município arcar com a maioria das despesas, desconhecidas pela maioria da população. Portanto, colocar as crianças nas escolas é tarefa cada vez mais difícil e cara.

SEM ILUSÕES As tragédias das chuvas irão se repetir no país. Obras subterrâneas e de prevenção não atraem tantos votos como viadutos, praças e obras faraônicas. Apesar dos alertas, parte das verbas irão para o Caixa 2 e afins.

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