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Manoel Afonso

Amplavisão

Manoel Afonso | 29/06/2012 10:35

O EMBATE eleitoral bem perto. Dependendo dos locais/personagens envolvidos a polarização deixa o campo das ideias e chega a pessoalidade e ao ódio. Cruz credo! Os lembretes abaixo visam exatamente apaziguar os ânimos.

DICAS de Ulysses Guimarães aos políticos: Seja paciente; não faça inimigo (ele guarda o ódio na geladeira): modere o seu linguajar; não revele seus segredos: ( amigo hoje, inimigo amanhã); aprenda a escutar (fale menos); postura correta.

IMPACIÊNCIA: É uma das faces da estupidez. O caminho é longo, perseverante, difícil. Não pode haver afoiteza. Quem labuta na vida política precisa saber que não se pode ganhar notoriedade da noite para o dia. Calma!

AMIGOS: Se você não puder fazer amigos, não faça inimigos pessoais. Quanto aos adversários ferrenhos, é do jogo. Como dizia caudilho Juan Peron: “Em política fale muito sobre coisas, pouco sobre pessoas e nunca sobre você”.

LINGUAJAR: No dia a dia da política é preciso se policiar, cuidar da língua. Evite palavras irretratáveis. Quem fala esquece as expressões usadas, não avalia os estragos, mas quem ouve grava tudo na memória. E não esquece...

CONFIDÊNCIAS: Um perigo! Por conta de situações (alianças) de aparências sólidas ou definitivas, é normal que se faça confissões pessoais ou familiares. Mas elas podem virar munição após o rompimento destas relações políticas.

‘ESCUTATÓRIA’ : Paciência para ouvir todo o tipo de pessoas é fundamental na arte da política, mesmos aquelas inconvenientes ou que se acham os reinventores da roda. Muitos venceram graças a essa rara qualidade de postura.

POSTURA: Só o esforço e a perseverança constroem a carreira. O desempenho de um político não é restrito à tribuna/comissões. A arte de improvisar é não improvisar. No discurso, o bom orador precisa saber falar também pelos silêncios.

GETÚLIO VARGAS Olho clínico para analisar os parceiros de ocasião, não escondia o que pensava deles: “Conheço bem esses que se sentam à nossa mesa e fazem de conta que não querem comer. São justamente os de maior apetite”

A FRASE do livro “Getúlio (1882-1930), do jornalista Lira Neto retrata o ambiente natural nos bastidores políticos às vésperas das convenções. Mas ‘compartilhar’ a gestão com aliados, sem desfigurá-la, tem sido o grande desafio.

MEMÓRIA Para os mineiros ‘dividir o queijo’ não é bom, mas é possível. Tancredo por exemplo, acomodou todos os aliados em seu eclético ministério, que viria garantir depois a governabilidade inicial do Governo Sarney. Lembra?

ALIANÇAS As vantagem pretendidas podem ser bem maiores do que os ganhos reais que elas trazem nas urnas. Nesta reta final contra o relógio, aumenta a ambição das lideranças envolvidas. Aí contam a habilidade e a coragem.

O VOTO de ocasião dispensa coerência política e princípios doutrinários. É levado ao sabor das conveniências. O caso Lula/Maluf é apenas mais um, comparável à cachaça: boa no gole inicial; embriagante/problemática ao final da garrafa.

A COERÊNCIA foi esquecida nos livros. Não tem condão mercantilista; contraria o ‘aperto de mão sob olhares hipócritas’. Visa apenas o bem comum, como se fosse uma arte de tornar possível o necessário, sem ceder no essencial.

PREPARE-SE: Até o último dia do envio da documentação dos partidos à Justiça Eleitoral veremos situações ‘interessantes’. Mas nem por isso as eleições perdem esse clima envolvente como às vésperas de decisão no futebol.

A PROMESSA de diálogo/independência do PSD ficou no papel. Sergio M. Alves, ex-presidente da Comissão Provisória do PSD de Paranaíba, critica Antonio João pela dissolução da mesma para apoiar Alfredo Bernardo, do PT.

ANDRÉ. Sua percepção política lembra o ‘Ronaldo’ em campo. Sabe fazer a leitura correta do ‘jogo político’, detecta as deficiências dos adversários e se coloca no local exato e na hora certa para fazer o arremate final.

É RARIDADE encontrar no bom administrador público uma boa capacidade de visão e articulação política. André consegue conciliar essas duas qualidades como mostra sua trajetória e o quadro eleitoral reinante hoje aqui no Estado.

PEDROSSIAN por exemplo, um desastre politicamente. Demorava para decidir e quando fazia, desagradava os companheiros. Zeca: pecou nas duas frentes, não sabendo inclusive garantir seu futuro político. Regrediu; perdido na estrada.

MARKETING ? Vander foi à convenção do PT trajando ‘blazer’. Aliás, poucos com camiseta vermelha. Estratégia para atrair novos eleitores? A militância não era nem sombra da época das ‘vacas magras’. Envelheceu, ‘se ajeitou.’

A CRISE no PT local é gritante; ninguém se entende. Reflexo do que ocorre em nível nacional? A união Zeca/Delcídio lembra casamento com prazo certo de duração. Quem diria! O pessoal dispensando a candidatura de vice prefeito da capital.

A PRUDÊNCIA recomenda que se espere o último ato deste período eleitoral para uma análise das forças concorrentes em Campo Grande. É muito boa essa efervescência nos bastidores, onde cada qual faz seu jogo. Faz parte da democracia.

“Não se faz política sem vítimas”. (Tancredo Neves)

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