Alterações comuns na boca durante o envelhecimento
1. Xerostomia (boca seca): a produção de saliva tende a diminuir com a idade, o que pode ser agravado pelo uso de certos medicamentos. A boca seca aumenta o risco de cáries e infecções bucais
• Causas: diminuição natural da produção de saliva, uso de medicamentos (antidepressivos, anti-histamínicos, diuréticos), e condições médicas como diabetes.
• Impactos: a saliva é crucial para neutralizar ácidos, lavar partículas de alimentos e limitar o crescimento bacteriano. A boca seca pode levar a cáries, infecções fúngicas (como candidíase), e dificuldades na mastigação e deglutição.
2. Retração Gengival: as gengivas podem se tornar mais finas e começar a se retrair, expondo as raízes dos dentes e aumentando a sensibilidade e o risco de cáries radiculares.
• Causas: doença periodontal, escovação agressiva, e mudanças hormonais.
• Impactos: exposição das raízes dos dentes, aumento da sensibilidade dentária, e maior risco de cáries radiculares.
3. Desgaste do esmalte dentário: com o tempo, o esmalte dos dentes se desgasta, tornando-os mais vulneráveis a lesões e cáries
• Causas: uso prolongado dos dentes, bruxismo, e consumo de alimentos ácidos.
• Impactos: maior vulnerabilidade a cáries, fraturas dentárias, e sensibilidade.
4. Perda de dentes: a perda de dentes é comum e pode levar a dificuldades na mastigação, impactando a nutrição do idoso. A doença periodontal é uma das principais causas de perda dentária em adultos
• Causas: doença periodontal, cáries não tratadas, e traumas.
• Impactos: dificuldades na mastigação, problemas de fala, e impacto na autoestima e nutrição.
5. Alterações no paladar: a capacidade de sentir sabores pode diminuir, levando os idosos a preferirem alimentos mais temperados ou quentes, o que pode causar queimaduras ou irritações na boca.
• Causas: envelhecimento natural, medicamentos, e condições médicas.
• Impactos: referência por alimentos mais temperados ou doces, o que pode levar a escolhas alimentares menos saudáveis e aumento do risco de cáries.
6. Doença periodontal: a doença gengival é mais prevalente em idosos, especialmente aqueles com má higiene oral, fumantes ou com condições como diabetes
• Causas: má higiene oral, tabagismo, diabetes, e predisposição genética.
• Impactos: inflamação e infecção das gengivas, perda óssea, e eventual perda de dentes.
Como essas alterações podem prejudicar os idosos:
• Nutrição: dificuldades na mastigação podem levar a uma dieta limitada, impactando a ingestão de nutrientes essenciais.
• Saúde Geral: infecções bucais podem se espalhar para outras partes do corpo, exacerbando condições como doenças cardíacas e diabetes.
• Qualidade de vida: problemas dentários podem causar dor, desconforto, e afetar a capacidade de socializar e desfrutar de alimentos.
• Autoestima: a perda de dentes e outras alterações estéticas podem impactar a confiança e o bem-estar emocional.
Essas alterações podem prejudicar a qualidade de vida dos idosos, afetando desde a capacidade de se alimentar adequadamente até a autoestima e o bem-estar geral.
Cuidados e Prevenção:
Higiene oral: uso de fio dental, escovação regular com creme dental fluoretado, raspador de língua e enxaguantes bucais recomendado pelo odontogeriatra.
Visitas regulares ao odontogeriatra: check-ups frequentes para monitorar e tratar problemas precocemente. Fazer a prevenção.
Hidratação: manter-se bem hidratado e usar substitutos de saliva se necessário.
Dieta balanceada: evitar alimentos açucarados e ácidos, e incluir alimentos ricos em nutrientes.
Essas medidas podem ajudar a minimizar os impactos das alterações bucais no envelhecimento e melhorar a qualidade de vida dos idosos.
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Até o próximo vídeo.
(*) Marco Polo Siebra é odontólogo há mais de 30 anos, Especialista em: Prótese Dentária; Odontogeriatria; Implantodontia. É Master Coach Pela FEBRACIS (Federação brasileira de Coaching Integral Sistêmico), Ministrante dos Cursos: Pode da Ação; Poder e Alta Performance; Jeito de Viver Família; Educar, Amar e Dar limites; Decifre e Influencie Pessoas; Coach de Carreira; Analista de Perfil Comportamental; Processo de Coaching Individual; Processo de Coaching em Grupo; Especialista em “Neurociência e Performance Humana” na Faculdade FEBRACIS; Presidente da Liga de Neurociência da Febracis Pós-graduações; Coordenador de um Grupo de Apoio para familiares e cuidadores de pessoas com Alzheimer. Hoje tem como principal missão e propósito de vida impactar e transformar pessoas de forma que concretizem seus sonhos e objetivos em todas as áreas da vida.