Acadêmica campo-grandense pede que exame da OAB seja realizado de forma virtual
Estudante do último semestre de Direito protocolou o requerimento na Ordem dos Advogados do Brasil
Prejudicada com o adiamento da aplicação da primeira fase do Exame de Ordem XXXII, acadêmica campo-grandense, matriculada no último semestre do curso de Direito, Laura da Costa Gomes, protocolou um requerimento na seccional sul-mato-grossense solicitando à Ordem dos Advogados do Brasil Nacional, que a prova para o exame da ordem seja realiza de forma digital.
As provas seriam aplicadas no dia 7 de março pela Fundação Getúlio Vargas, porém após um estudo de viabilidade motivado pelo agravamento dos casos de Covid-19 em todas as regiões do Brasil, o instituto conclui que a realização da prova não seria viável. Ainda não há previsão de nova data.
Com a incerteza do futuro e enxergando no modelo de avaliação virtual uma alternativa segura e eficaz, que permita a realização exame e garanta o exercício da profissão, a jovem protocolou o documento na OAB-MS.
“Em detrimento de preceitos fundamentais assegurados pela Constituição Federal, tais como, a saúde, a vida e o trabalho, com o fim de evitar aglomerações, reduzir custos, proteger e auxiliar aos milhares de examinandos dos diversos exames de ordem unificado, venho requerer que sejam realizados os estudos e os preparativos necessários visando a implantação, imediata, da plataforma virtual, como alternativa para a aplicação do exame de ordem unificado de forma digital”, sugere a acadêmica no requerimento.
O presidente da OAB-MS, Mansour Elias Karmouche, vê com bons olhos a alternativa solicitada pela jovem.
“Encaminhamos para o conselho federal o pedido, achei uma ótima proposta, teve uma presencial temos que criar alternativas, sou favorável a fazer de forma eletrônica”, diz o presidente.
Em nota a diretoria do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, informou que a acadêmica sul-mato-grossense não é a primeira a pedir a prova virtual, mas não informou o número total de pedidos semelhantes recebidos.
Ainda de acordo com o órgão, no momento a prioridade é garantir a segurança sanitária plena de todos os examinandos e profissionais envolvidos no processo, cumprindo o compromisso constitucional de assegurar os preceitos fundamentais de direito à saúde e à vida.