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Direto das Ruas

Após apreender carro financiado, banco o devolve para família com defeito

Donos ficaram 20 dias sem o carro por atrasar parcela do financiamento em um mês

Tainá Jara | 06/11/2020 16:11
Ford Ka no dia que foi apreendido pela Justiça (Foto: Direto das Ruas)
Ford Ka no dia que foi apreendido pela Justiça (Foto: Direto das Ruas)

A família do cabeleireiro Juliano Luiz Marquezolo, 34 anos, de Campo Grande, entende como abuso atitude do Banco Itaú em entrar com pedido de busca e apreensão de Ford Ka comprado há mais de 1 ano, após atraso de uma das parcelas do financiamento em pouco mais de um mês. Eles conseguiram reaver o veículo na Justiça, mas o carro voltou mais de 20 dias depois e com defeito no motor de arranque.

No dia 6 de outubro, Juliano e a esposa foram surpreendidos com oficial de Justiça na porta de casa com mandado em mãos e pronto para levar o veículo. Ele alega que já tinha pago a parcela alvo do processo, com mais de um mês de atraso. Porém, o próprio banco o informou que era necessário 60 dias de atraso para tomar providências jurídicas em relação a tomada do veículo, prazo que não foi cumprido neste caso.

“Foi muito constrangedor para gente. Eu achei na mesma hora que estava caindo num golpe. Deixei levar o carro. Pensei: se for algum erro ou alguma coisa o seguro cobre. Mas, realmente era busca e apreensão do veículo por uma das parcelas”, afirmou. Conforme o processo, o proprietário do veículo atrasou uma das parcelas em pouco mais de um mês.

Juliano não nega que pagou com atraso a financiamento de cerca de R$ 1.000 mensais desde o início da pandemia. Ele e a mulher trabalham de forma autônoma e viram o rendimento cair durante o ano, mas honraram com o pagamento de parte das 48 parcelas do financiamento e os juros.

“É coisa de máfia. Não é coisa de banco. Porque se ligar no banco e passar os dados da minha sogra, porque está financiado no nome dela, esse carro nunca teve busca e apreensão pelo banco. Então quem que errou? Foi o advogado? Foi o juiz?  Onde está o erro, que ninguém sabe?”, afirma indignado.

Com o carro em nome da sogra, Juliano recorreu ao processo do banco e conseguiu reaver o veículo mais de 20 dias depois e com defeito no motor de arranque, além de parte dos carpetes voltar encharcado de água. A família teve de desembolsar mais de R$ 1 mil para o conserto.

Juliano tenta na Justiça pedir indenização para os responsáveis. Em nota,  o Itaú Unibanco informou que, "após o insucesso em diversas tentativas de contato para renegociação, requereu ao Judiciário a busca e apreensão do veículo, que foi realizada conforme os trâmites legais, após autorização judicial. Depois de os pagamentos pendentes terem sido regularizados, o respectivo processo judicial foi encerrado pelo banco, e o veículo está novamente em posse da cliente desde 3 de novembro de 2020".

A reportagem do Campo Grande News entrou em contato com o banco Itaú, mas não recebeu retorno até o fechamento da matéria.

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