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Direto das Ruas

Derrotada, ex-candidata tem auxílio emergencial negado por “ter mandato”

A mulher de 42 anos é liderança na Aldeia Água Bonita, em Campo Grande, e está desempregada

Anahi Zurutuza | 12/05/2020 17:03
Cadastro de Aliscinda Tibério, quano ela foi candidata a vereadora por Aquidauana em 2016 (Foto: Reprodução)
Cadastro de Aliscinda Tibério, quano ela foi candidata a vereadora por Aquidauana em 2016 (Foto: Reprodução)

Aliscinda Tibério é uma das ex-candidatas brasileiras que tiveram o auxílio emergencial negado pelo Governo Federal. A mulher de 42 anos é liderança na Aldeia Água Bonita, em Campo Grande, e está desempregada, mas recebeu a negativa sob a justificada de que exerce “mandato eletivo”. Para a advogada, Luiza Ribeiro, ela é mais um dos casos no País.

A líder indígena foi candidata a vereadora em Aquidauana pelo PPS em 2016 e a deputada federal em 2018, mas foi derrotada nas duas vezes que tentou vaga nos Legislativos. “Não fui eleita, não tenho cargo nenhum. A gente fica tensa com essa situação, porque precisa”, afirma Aliscinda.

Prin mostra negativa do governo federal para ex-candidata (Foto: Reprodução)
Prin mostra negativa do governo federal para ex-candidata (Foto: Reprodução)

Hoje, ela cuida de familiar doente e vive de pequenos negócios, segundo a advogada. Aliscinda já recorreu da decisão do governo e administrativamente, Luiza Ribeiro requereu a regularização cadastral da cliente no TSE.

O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) está sendo questionado nacionalmente depois que inúmeros casos apareceram. Por lei, quem tem mandato eletivo ou trabalha na administração pública não pode receber a ajuda de pelo menos R$ 600 por mês. No entanto, candidatos de 2016 atualmente desempregados estão ficando sem o dinheiro —o sistema alega que eles foram eleitos ou que exercem cargo público.

No dia 8 de maio, a Associação Visibilidade Feminina foi ao TSE questionar o motivo de ex-candidatas terem negados seus pedidos para receber o auxílio emergencial. No pedido de providências, a entidade sustenta que “as mulheres estão em grupo de fragilidade social do ponto de vista econômico, de responsabilidade familiar e pela sub-representação política”.

Nem o Tribunal e nem a Dataprev, empresa pública responsável pela concessão dos benefícios, se manifestaram publicamente sobre a falha ainda. O Campo Grande News pediu para o TRE-MS (Tribunal Regional Eleito de Mato Grosso do Sul) verificar a situação da candidata, mas até o fechamento da matéria, o órgão não deu retorno.

Direto das Ruas – A sugestão chegou ao Campo Grande News por meio do Direto das Ruas, canal de interação do leitor com a redação.

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