Em UPA, vazamento em ar gera acumulo de água com larvas de mosquito
A cena foi registrada por leitora que acompanhava mãe no Jardim Leblon
Uma idosa, de 65 anos, procurou atendimento com crises pulmonares na Upa (Unidade de Pronto Atendimento) do Bairro Leblon e sua filha foi surpreendida ao encontrar bacias com acúmulo de água com larvas de mosquitos. Aparentemente o ar-condicionado da unidade está com defeito, o que causa o vazamento.
Apesar de não usar com frequência o sistema SUS (Sistema Unico de Saúde), na última quarta-feira (23) foi necessário, já que sua mãe não conseguiria chegar até o hospital que normalmente recorre quando atacam as crises. “Eu quase não vou ao posto de saúde, mas não devemos pensar apenas por nós e sim por todos, por isso resolvi mandar as imagens. Para algumas pessoas aquilo ali é normal, mas para a gente aquilo dali não é normal”, explica.
Quando a corretora, de 38 anos , que preferiu não ser identificada, chegou à unidade de saúde, sua mãe já estava na sala onde são aplicadas as medicações. Não demorou muito para notar que o ar-condicionado do ambiente estava com defeito e, aparentemente, a água que deveria ser jogada para fora estava retornando e causando um vazamento.
Embaixo do aparelho havia três “bacias” revestidas com sacos de lixos pretos que estavam cheias de água e várias larvas de mosquito, segundo a mulher duas estavam mais vazias e outra bem cheia. “No vídeo não dá para ter dimensão da quantidade de larvas porque o saco é preto, estava lotado, deve ser um problema há bastante tempo”, a leitora ainda explicou que não questionou nenhum funcionário sobre a situação por sua mãe estar muito nervosa pela demora no atendimento.
Apesar de ter ficado na UPA em torno de uma hora, a filha relata que o que a deixou espantada é o fato dessa situação estar acontecendo em uma unidade de saúde. “Por mais que seja apenas uma sala de medicação e não de interação, continua sendo uma sala de um hospital e esse era o último lugar que esperava encontrar isso”.
Ainda foi destacado pela mulher as campanhas de prevenção contra a dengue. "Em casa quando eles [agente de saúde] passam e tem alguma plantinha sem terra ouvimos um sermão. A gente houve tanto falar das campanhas, mas dentro do posto de saúde não temos respaldo", encerra.
Ao Campo Grande News, a assessoria da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) informou que a equipe de manutenção foi acionada e os profissionais orientados a descartar corretamente a água e realizar a higienização necessária para que sejam retirados possíveis ovos que ainda não tenham eclodido.
Também foi reforçado que a medida que estava sendo utilizada era paliativa, servindo apenas para que a água não se espalhasse pela sala enquanto era aguardada uma solução definitiva.
(*) Matéria editada as 16h34 para acréscimo da resposta da Sesau.
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