Família denuncia policiais militares por espancarem deficiente intelectual
Caso aconteceu na última terça-feira, em Sidrolândia, distante 71 quilômetros de Campo Grande
A dona de casa Elenita Marques Rosa, de 48 anos, mãe de um rapaz PcD (Pessoa com Deficiência) de 33 anos, acusa policiais militares de espancá-lo. O caso aconteceu na última terça-feira (5), em Sidrolândia, distante 71 quilômetros de Campo Grande.
RESUMO
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A dona de casa Elenita Marques Rosa, de 48 anos, denunciou que seu filho, um homem de 33 anos com deficiência, foi agredido por policiais militares em Sidrolândia. O incidente ocorreu quando o filho aguardava na frente da casa de um pastor e foi abordado pela polícia, que o confundiu com um suspeito de roubo. Testemunhas afirmaram que ele foi espancado antes que os policiais percebessem sua condição especial. Após o ataque, ele foi levado ao hospital, onde os policiais alegaram que o encontraram ferido na rua. Elenita tentou registrar um boletim de ocorrência, mas enfrentou dificuldades, sendo orientada a procurar a Corregedoria da Polícia Militar. A Polícia Militar ainda não se pronunciou sobre o caso.
Segundo Elenita, todos os dias, por volta das 6h, o filho vai à casa do pastor da igreja tomar mate. Na manhã dos fatos, o pastor não estava, mas o rapaz, que inclusive tem dificuldade na fala, ficou parado em frente ao portão esperando alguém atendê-lo. Neste momento, a viatura da PM passou e avistou o homem, que saiu em direção ao posto de saúde.
Ele, então, foi abordado pela equipe policial, que procurava o ladrão de uma farmácia. “Deram uma rasteira no meu filho e passaram a bater nele. Só pararam depois que testemunhas gritaram que ele era especial, aluno da Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais). Ele gritava desesperado e não conseguia falar. Ele fala enrolado, só eu entendo algumas coisas”, contou.
A mãe explica que o filho é bastante conhecido na cidade e todos sabem da situação dele. “Os policiais colocaram ele dentro da viatura e levaram para o hospital todo machucado. Lá, os PMs disseram que tinham encontrado ele caído na rua, com ferimentos”, disse.
Elenita ficou sabendo do que havia acontecido, quando o hospital ligou dizendo que o filho havia dado entrada com vários ferimentos. “Eu não estava na cidade. Tinha ido com a minha mãe para Itaporã resolver alguns assuntos pessoais. Só depois foi que fiquei sabendo que a polícia tinha batido nele”, destacou.
A dona de casa disse que tentou registrar o boletim de ocorrência na delegacia, mas não conseguiu. O irmão dela também tentou registrar, mas o policial civil informou que o documento tem de ser feito na Corregedoria da Polícia Militar em Campo Grande. “Foi uma injustiça o que fizeram com ele”, lamentou a mulher.
Abaixo, policial civil, orienta família a registrar a ocorrência na Corregedoria da PM, que fica na Capital. O áudio foi gravado pelo tio da vítima.
A reportagem mandou e-mail para a Polícia Militar pedindo posicionamento da corporação sobre o caso denunciado e aguarda retorno. A família afirma que desde o episódio de violência tem juntado vídeos de moradores que testemunharam abordagem e a agressão. O material será entregue à Corregedoria.
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