Nem lixeira comunitária resolve problema de sujeira descartada em terreno
No local há desde sofás abandonados a animais mortos
Terreno abandonado na Rua Jandiatuba, no Bairro Vila Margarida, é “dor de cabeça” presente há muito tempo na vida dos vizinhos. Até lixeira comunitária chegou a ser instalada no local para tentar diminuir o acúmulo de lixo descartado com frequência.
Lucimeire Rodrigues, de 50 anos, relata que o local tem virado um “lixão”, onde são depositados os mais variados tipos de objetos, além de animais mortos. A autônoma contou para a reportagem que sempre morou na região, mas há três anos, depois que sua mãe faleceu, mudou para perto do terreno para conseguir cuidar do irmão.
“Meu marido trabalha como jardineiro e ele pega a máquina dele, carpe, limpa, mas ele disse assim: ‘não vou gastar o meu tempo, minha máquina, minha gasolina pra ficar bonito pros outros’”, disse.
Com o acúmulo de lixo nas casas próximas do local, está sendo invadida por escorpiões, ratos, entre outros animais. Lucimeire chega a relatar que já foi picada por escorpião três vezes, sendo que a última aconteceu há cerca de 6 a 7 meses. “Meu neto de 12 anos também já foi picado, meu filho precisou sair correndo com ele para o hospital”, contou.
Ainda foi relatado que na última sexta-feira (20), uma vizinha chegou a encontrar quatro escorpiões. “Tá horrível ali, a vizinha do lado da minha casa, contratou uma caçamba para limpar o quintal dela. Eu também quando fiz umas mudanças aqui em casa fiz o mesmo. Daí vem gente de tudo que é lado pra jogar os lixo aqui”.
Além do problema com os animais peçonhentos, Lucimeire ainda diz que a população desta região encontra dificuldade em conseguir que um motorista de aplicativo vá buscá-los ou levá-los. “O meu filho trabalha à noite. Ele chega lá pelas 23h e pouco e Deus me livre se tem algum malandro escondido ali. Se está difícil de dia, imagina de noite?”, desabafou.
Na tentativa de conseguir solucionar o problema, a mulher diz ter entrado em contato com a prefeitura três vezes, mas até agora nada teria sido feito para resolver.
O Campo Grande News procurou a prefeitura para falar sobre a situação, mas até o momento não houve retorno.
A Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Gestão Urbana) informa que o terreno citado já foi alvo de denúncia, fiscalização e multa. "No entanto, é importante salientar que a atuação da secretaria ocorre no âmbito administrativo, conforme previsto na legislação e sem a competência legal de realizar limpeza de terrenos", enfatiza a nota encaminhada à reportagem.
Ainda de acordo com a resposta da Secretaria "transcorrido o prazo da notificação, o auditor fiscal da pasta retorna ao local para uma nova vistoria, caso não tenha sido cumprida a notificação, o proprietário então é autuado (multado), de acordo com o Código de Polícia Administrativa do Município. A multa neste caso varia entre R$ 2.944 e 11.778".
Quanto ao descarte irregular de resíduos, a Semadur informa que o cidadão que for flagrado pelas forças de segurança pública responderá por crime ambiental ou aquele que for flagrado por um auditor fiscal, será autuado. A multa neste caso varia entre R$ 2.944 e 11.778.
* Reportagem alterada às 16h30 para acréscimo de informações.
Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News.