Resgatada de árvore, jiboia “fez sombra” na calçada e assustou quem viu

Enquanto a espécie humana se expande por todas as áreas e o desmatamento cresce, ver uma cobra descansando e fazendo sombra na calçada de uma área urbana tem se tornado cena mais comum. Ao menos é assim no Bairro Maria Aparecida Pedrossian, onde uma jiboia foi vista em galho de árvore que entra no espaço da calçada, assustou os moradores e foi resgatada pela PMA (Polícia Militar Ambiental).

Na disputa de espaço na natureza fica a dúvida de “quem assusta mais quem”, já que os resgatados são sempre “outras espécies” e nunca o ser humano. Morar em frente à uma área com extensa vegetação também faz com que as chances de ver as tão temidas cobras aumentem.

Na Rua Graciano Vargem Alegre a jiboia pôs medo em uma moradora na quarta-feira (5). É o que contou morador que vive na rua. Ele pediu para não ser identificado, mas contou ter visto cena porque mora em frente ao bosque onde as árvores fazem bastante sombra na calçada. Já é a segunda vez que ele vê uma jiboia se exibindo para os moradores humanos da região.

“Uma senhora caminhando em frente a minha casa, não sei como, conseguiu ver que ela estava parada em cima da árvore. Liguei pra PMA, avisei que não era urgente, eles mandaram uma viatura, recolheram e disseram que era jiboia, tinha mais ou menos 1 metro de comprimento”, disse.

Em 20 anos de moradia, ver o animal pela segunda vez é indício do que já anunciou a PMA em balanço das atividades de 2019: os bichos estão sendo mais vistos nas áreas urbanas. Ao longo dos 12 meses do ano passado, 1766 resgates de todos os tipos de bicho foram realizados em Mato Grosso do Sul.

O número registrado no ano passado é 26,77% maior que o de 2018, quando foram resgatados 1393 animais nos perímetros urbanos de Mato Grosso do Sul. Desse número, 810 casos foram em Campo Grande, mais de dois resgates por dia.

Na Capital, todos os animais resgatados são levados para o CRAS (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres), já nas cidades do interior eles são soltos nas matas depois de laudos de médicos veterinários e biólogos que comprovem que são da região de onde foram capturados.

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