“Terminal virou ponto”, reclamam leitores sobre fim da integração
Com vários segmentos da cidade voltando, ônibus seguem com as mesmas medidas de contenção
“Queria entender por que o terminal está funcionando como um ponto”, questiona o leitor Peterson Pantaleão, referindo-se as mudanças feitas pelo Consórcio Guaicurus para a contenção do novo coronavírus. Desde abril, os passageiros precisam passar pela catraca toda vez que entram em um ônibus, mesmo dentro do terminal.
A medida gerou reclamação de usuários desde o princípio, porque o prazo que dá direito ao passageiro de usar mais de um ônibus pagando apenas um passe não tem sido suficiente.
A integração serve para que o usuário não precise pagar mais R$ 4,10, caso entre em outro ônibus ou terminal. Antes da pandemia, o prazo para trocar de uma linha para outra era de uma hora, subiu para duas e, mesmo assim, alguns passageiros relatam que, devido à redução de linhas, a demora no trecho demora até 3 horas.
“Pego três ônibus pra ir pro serviço e mais três para voltar, seis no total. Os ônibus estão muito mais lentos, demorando o dobro de tempo pra chegar”, descreve Peterson, dizendo que outro agravante é o "defeito" no cartão. “Gasto 24,60 reais por dia , e eu tenho o cartão recarregável, que dá direito a integração, mas ele não funciona mais”, disse o analista de informática, que afirmou que outros colegas estão passando pelo mesmo problema.
Peterson acompanhou a situação precária de perto, pois desde o começo da pandemia, não foi liberado para fazer homeoffice, tendo de se deslocar para o trabalho todo dia. “Saio do Jardim Aeroporto, vou até o terminal Júlio de Castilho, depois para o Terminal Morenão e então chego no meu trabalho, ali no Bairro Rita Vieira”, descreve.
A maior questão agora, na avaliação dele, é o motivo de restrições quando quase tudo já voltou ao normal na cidade. “Queria saber por que não volta a ser como antes, se já está tudo na cidade voltando ao normal e os funcionários estão trabalhando no terminal também”, questiona o leitor.
Questionado sobre o assunto, o diretor do Consórcio Guaicurus, João Resende, reforçou que “o transporte público está se moldando as medidas adotadas pelas autoridades estatais, a pandemia está decretada, temos que seguir com as medidas de biossegurança. As pessoas estão falando que está “tudo voltando ao normal”, mas não está, é preciso manter os cuidados”.
Ele lembra que as medidas adotadas até agora deram bons resultados. “Com a queda dos casos de Covid em Campo Grande, os números mostram que estamos seguindo pelo caminho certo”.
Sobre passar sempre na catraca e as linhas de ônibus que foram extintas ou alteradas, Rezende declara que “as medidas não são definitivas, estamos sempre nos adaptando a situação, inclusive às reclamações dos passageiros,e a maioria delas ocorre nas linhas mais movimentadas, onde já é esperado”.
Para queixa e dúvidas sobre o transporte público, o consórcio indica que os passageiros entrem em contato pelo fone 3316-6600
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