Acordo no TRT define reajuste salarial e mercados poderão abrir em feriados
Trabalhadores terão aumento de 4,57%, o que repõe a inflação
Trabalhadores e empresários do setor de supermercados chegaram a um acordo na tarde desta quarta-feira (dia 07) quanto ao reajuste salarial durante reunião de pré-processual, realizada na sede do TRT (Tribunal Regional do Trabalho) da 24ª Região, em Campo Grande.
Os cerca de 10 mil empregados do segmento terão aumento de 4,57%, variação que corresponde à inflação acumulada em um ano. Com a definição, os supermercados poderão abrir nos feriados da semana que vem.
Os representantes dos trabalhadores pediam aumento de 5% e a contraproposta das empresas era de 2,25%. Com o reajuste, de 4,57%, acordado nesta tarde, o piso salarial da categoria passa de R$ 990,00 para R$ 1.035,50. A mediação foi feita pelo Desembargador Nicanor de Araújo Lima.
Também foi discutido o funcionamento dos supermercados em feriados. De acordo com o TRT, ficou acordado que o funcionário que trabalhar em dias de feriado receberá um vale compras no valor de R$ 57,51 e terá direito a uma folga compensatória até 60 dias após o feriado trabalhado.
As demais cláusulas da convenção coletiva anterior foram mantidas. O acordo é retroativo a abril de 2017 e tem validade de um ano, informou o TRT.
Segundo a assessoria do TRT, o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios de Campo Grande, Adeilton Feliciano do Prado, afirmou que a negociação foi positiva para as duas categorias e principalmente para os clientes que poderão fazer suas compras em dias de feriado.
"A população já acostumou a ter as lojas abertas e o setor funciona justamente para atender essas demandas. Até o funcionário gosta de trabalhar no feriado, porque é uma forma de aumentar o seu ganho e ainda tem mais um dia de folga", defendeu Adeilton.
Para o presidente do Sindicato dos Empregados no Comércio de Campo Grande, Idelmar da Mota Lima, o valor do reajuste está abaixo do que a categoria gostaria, mas atende os trabalhadores, tendo em vista a crise financeira do país. "Essa mediação é salutar, tanto para nós quanto para a classe patronal", disse, conforme informou a assessoria do TRT.