Aprosoja estima que produção de milho safrinha cresça 6,4% em 2015
A área plantada com milho em Mato Grosso do Sul na safra 2015 se manteve a mesma, porém a produtividade das lavouras aumentou de 7,8 milhões para 8,3 milhões de toneladas. Com isso, a estimativa é que a produção estadual aumente 6,4%, segundo a Aprosoja/MS (Associação dos Produtores de Soja de MS).
A projeção mantém a área plantada de 1,67 milhão de hectares, mas com 82 sacas de milho por hectare, conforme dados do Siga (Sistema de Informações Geográficas do Agronegócio de MS).
Na sequência histórica, o milho safrinha foi à cultura agrícola que mais avançou no Estado. Há cinco anos ocupava 930 mil hectares de área plantada e a produção registrava 3,3 milhões de toneladas. Se comparado à estimativa para a próxima safra, o incremento é de 145% na produção.
Em Mato Grosso do Sul, os produtores também plantam milho primeira safra, apesar desta prática ser decrescente. De acordo com a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), em 2013/2014 o Estado registrou 225 mil toneladas do grão plantado em primeira safra e a expectativa para a próxima é de 160 mil toneladas.
O cultivo do milho primeira safra coincide com o período de cultivo da soja, cultura esta que predomina no verão. Depois de colhida a soja, o produtor sul-mato-grossense planta o milho segunda safra ou milho safrinha, cultura de inverno que tornou-se a principal safra do grão no Estado. “Por conta da rentabilidade, os produtores têm convertido a primeira safra de milho em soja e em alguns casos, pelo algodão”, acrescenta o analista de grãos da Famasul, Leonardo Carlotto.
Soja - Entre as cultivares de verão, o destaque fica com a soja que em cinco anos avançou 22%, passando de 5,3 mil toneladas para 6,8 mil toneladas, comparando com a estimativa da safra 2014/2015 que começa a ser colhida.
O clima desfavorável nos meses de outubro e novembro, período de semeadura da soja, achatou o intervalo do ciclo de desenvolvimento do milho, que normalmente acontece de janeiro a maio. Mesmo diante do cenário atípico, ainda não é possível falar de prejuízos.
“A decisão do produtor terá forte influência nos números finais. Alguns optam por plantar fora do zoneamento, fator que determina o aumento ou a manutenção de área e incremento na produção”, explica Carlotto.