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Economia

Azambuja cobra investimentos para melhorar exportações do Brasil Central

Grupo se reuniu nesta sexta-feira durante solenidade de posse de Pedro Taques como presidente do Consórcio

Gabriel Neris | 23/03/2018 16:45
Reinaldo Azambuja se reuniu com governadores e o presidente Michel Temer nesta sexta-feira (Foto: Alan Santos/PR)
Reinaldo Azambuja se reuniu com governadores e o presidente Michel Temer nesta sexta-feira (Foto: Alan Santos/PR)

O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) cobrou nesta sexta-feira (23), em Brasília, investimentos federais em infraestrutura com o objetivo de incrementar o comércio exterior dos estados integrantes do Consórcio Interestadual de Desenvolvimento do Brasil Central, formado por Mato Grosso do Sul, Distrito Federal, Mato Grosso, Goiás, Rondônia, Maranhão e Tocantins.

Pedro Taques, chefe do Executivo estadual de Mato Grosso, assumiu a presidência do consórcio hoje. Após a posse, o secretário-geral das Relações Exteriores, embaixador Marcos Galvão, recebeu a Agenda Internacional do Brasil Central, documento que servirá como ferramenta para melhorar as condições de acesso aos mercados externos para os produtos que vão ao interesse dos integrantes do grupo.

Azambuja ressaltou o trabalho do Itamaraty, que tem buscado “caminhos alternativos de competitividade à produção do Brasil Central”, ressaltando o interesse da pasta pelos corredores bioceânicos rodoviário e ferroviário. “Hoje existe uma integração regional, que com certeza vai avançar muito mais com estes corredores”, disse o governador.

Ele também destacou a importância do corredor alfandegário comum, que reduziria a burocracia e o tempo para liberação dos produtos ao passar pelos países. “Se já estivéssemos aliados ao capital privado nos corredores logísticos, hoje o acesso ao Pacífico estaria consolidado, a situação seria diferente, criando um corredor alfandegário comum, abolindo as barreiras alfandegárias. Sem logística, vamos perder mercados”, explicou Azambuja.

O governador de Mato Grosso do Sul afirma que as questões ambientais e judiciais precisam ser enfrentados. “Temos que desmistificar alguns temas no Brasil, a questão ambiental é um deles. O Brasil fica muitas vezes refém de organismos internacionais, só que não tem nenhum país no mundo que fez o dever de casa que o Brasil fez. Temos de enfrentar esse tema com estes países que querem impor barreiras. O brasil ainda tem 59% de seu território de florestas nativas intactas. Qual país do mundo que discute esta questão tem esse patamar conservador?”, cobrou.

Na área jurídica, a preocupação é com a falta de decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) em temas cruciais para o grupo. “O STF precisa resolver o marco regulatório da questão da área indígena. Isso passa pelo marco temporal. Se deixarmos em aberto, vamos ter dificuldades jurídicas. Precisamos equacionar a segurança jurídica para o capital privado investir e a segurança do marco regulatório nas questão das áreas indígenas. São questões para o judiciário brasileiro”, explicou.

Investimentos – Reinaldo Azambuja defendeu a autorização para estrangeiros comprarem terras no Brasil, mas com a condição de que seja para investimentos.

“Temos de ver se a compra de terras é para especulação ou para estrangeiro que monta uma indústria para gerar emprego e precisa ter parte de sua produção em áreas próprias”.

Segundo o governador, a reunião significou um avanço nas discussões do Brasil Central. “É enriquecedor para todos nós este seminário, principalmente por sabermos que o foco da diplomacia brasileira está em ajudar a resolver estas questões. Quando o Itamaraty nos chama aqui é porque ele está com foco em resolver estas questões”, completou.

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