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Economia

Black Friday atraiu consumidor que foi "no embalo", alerta Procon sobre ciladas

Fiscalização foi às ruas para orientar consumidor e comparar preços antigos e novos dos itens mais procurados

Por Silvia Frias e Clara Farias | 29/11/2024 08:33
Clemência conseguiu comprar o freezer que vai ser usado na mercearia do marido (Foto: Marcos Maluf)
Clemência conseguiu comprar o freezer que vai ser usado na mercearia do marido (Foto: Marcos Maluf)

A Rua 14 de Julho, tradicional rua do comércio de Campo Grande, amanheceu mais cheia e barulhenta nesta sexta-feira (29), dia de Black Friday e pagamento do 13º salário. Equipes do Procon estão circulando pelas lojas, orientando os consumidores e fiscalizando preços, em busca de propaganda enganosa.

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Em Campo Grande, a Black Friday e o pagamento do 13º salário movimentaram o comércio na Rua 14 de Julho. O Procon Municipal fiscalizou preços e orientou consumidores, alertando sobre a importância da pesquisa prévia para evitar propaganda enganosa. Apesar da fiscalização e orientações, alguns consumidores realizaram compras sem pesquisa prévia, confiando em ofertas atraentes. O Procon recomenda pesquisa de preços, desconfiança em descontos excessivos, verificação da reputação do vendedor e atenção às condições da oferta para uma compra segura na Black Friday.

Para evitar que o consumidor caia no embuste, o Procon Municipal fez a pesquisa de preços de 10 produtos, de diferentes marcas, que são os mais procurados na tradicional promoção de fim de ano. Na lista, por exemplo, estão TVs, micro-ondas, air fryers, geladeiras e celulares, cujos preços foram analisados há 4 semanas para serem comparados com as “ofertas” de hoje.

O subsecretário do Procon Municipal, José Costa Neto, diz que, caso seja flagrada a situação irregular, os lojistas devem retirar a placa que indica a falsa promoção. Ele também estará sujeito à multa e acusação de propaganda enganosa.

Além da fiscalização, os 12 representantes do Procon estarão circulando pelas ruas, passando orientação aos consumidores.

Fila para entrar em loja com maquiagem a R$ 12,00 (Foto: Marcos Maluf)
Fila para entrar em loja com maquiagem a R$ 12,00 (Foto: Marcos Maluf)

Sem pesquisa – Além dos cartazes nas portas dos comércios, o uso de música e promotores de vendas são as armas para atrair o consumidor. Nas ruas do quadrilátero central, o movimento era acima do normal.

A aposentada Clemência Cardoso de Jesus, 68 anos, era uma das que foi ao Centro. Não fez pesquisa prévia e veio focada em comprar um freezer para ajudar o marido na mercearia recém-aberta e realizar o sonho de ter uma air fryer.

Entrou na primeira loja que havia selecionado para pesquisa e, em 30 minutos, alcançou metade da meta e garantiu freezer por R$ 3,9 mil. Já o sonho ainda vai tentar realizar hoje, pesquisando outras lojas.

A atendente de telemarketing Patrícia Cochev, 37 anos, também não fez pesquisa com antecedência. Ficou sabendo das promoções pelo Instagram e foi ao Centro para comprar kit de maquiagem. Comprou base, rímel, corretivo e outros itens em loja que ofertava tudo por R$ 12,00. “Gosto muito de me maquiar para ir trabalhar”, justificou. A promoção atraiu muita gente, que fez fila para poder entrar na loja.

Além de vistoriar preços, equipe do Procon também orienta consumidores na Rua 14 de Julho (Foto: Marcos Maluf)
Além de vistoriar preços, equipe do Procon também orienta consumidores na Rua 14 de Julho (Foto: Marcos Maluf)

Também sem muita pesquisa, o aposentado Manuel Joaquim de Lima, 72 anos, resolveu encarar a movimentação na região central em busca de celular. “O meu descarrega direto, depois para ligar é um tormento”, disse.

O aposentado preferiu fazer a compra em loja física, onde viu propaganda de promoção e pode recorrer ao carnê, sem entrada. O novo smartphone saiu por R$ 1,6 mil. “Achei que ia ser um pouquinho mais barato, mas, tá bom, precisava mesmo trocar”.

Os três fizeram o que não é recomendado pelo Procon, que é fazer a compra sem pesquisa para saber qual a economia real na Black Friday.

Abaixo, confira as principais orientações para cair em cilada.

- Pesquise preços: Antes de realizar a compra, é importante pesquisar os preços dos produtos em diferentes lojas. Isso ajudará a identificar se a promoção é realmente vantajosa.

2 - Desconfie de descontos excessivos: descontos muito elevados podem ser um alerta. Fique atento a ofertas que parecem boas demais para ser verdade, pois podem esconder preços inflacionados antes da promoção.

3 - Verifique a reputação do vendedor: confira as avaliações de outros consumidores sobre a loja ou site onde pretende comprar. Isso pode ajudar a evitar golpes e garantir que a compra seja segura.

4 - Leia as condições da oferta: É essencial estar atento às regras da promoção, como prazos de entrega, políticas de troca e garantia dos produtos, para evitar surpresas no momento da compra.

5 - Fique atento ao direito de arrependimento: nas compras realizadas pela internet, o consumidor tem até 7 dias para se arrepender e solicitar a devolução do produto, sem custos adicionais.

6 - Guarde comprovantes: manter os recibos e comprovantes de compra é fundamental para qualquer eventual reclamação ou troca.

Patrícia enfrentou fila para comprar maquiagem (Foto: Marcos Maluf)
Patrícia enfrentou fila para comprar maquiagem (Foto: Marcos Maluf)

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