Campo Grande tem a segunda maior deflação entre as capitais brasileiras
Energia, carne e combustíveis puxaram os preços em junho
Campo Grande encerrou junho com a segunda maior deflação entre as capitais brasileiras, mostra o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), divulgado nesta sexta-feira (07) pelo IBGE (Instituto Braileiro de Geografia e Estatística). A variação, de -0,40%, é a menor desde que o IBGE iniciou o levantamento na cidade, em janeiro de 2014.
A habitação (-1,16%), cuja participação é de 15% nos cálculos do IPCA, foi o grupo com o maior impacto negativo no resultado do mês passado. A deflação nos itens domésticos foi determinada, sobretudo, pela queda de 4,43% no valor da energia elétrica. Situação semelhante ocorreu em todas as capitais, mesmo com a elevação da carga tributária incidente na conta de luz, o que pode indicar que, em julho, a majoração pode ser significativa.
Além da energia elétrica, ficaram mais baratos, entre outros itens da habitação, alguns materiais de construção, como o de pintura (-3,91%) e revestimento para piso e parede (-0,70%).
O grupo dos alimentos e bebidas, que responde por 26% das despesas das famílias, também ficou mais em contra no mês passado. A deflação geral foi de 1,05%, com destaques para carne bovina: entre outros cortes tiveram reduções nos preços o lagarto (-6,41%), a capa de filé (-5,74%) e o músculo (-4,76%).
Diversos outros itens alimentícios tiveram seus preços reduzidos. Alguns exemplos são carne de frango (-4,81%), arroz (-2,88%), feijão (-2,44%) e legumes (-12,07%).
Os combustíveis, que baratearam em Campo Grande, influenciaram na deflação do grupo transportes (-0,25%). A gasolina (-3,36%), o óleo diesel (-2,26%) e o etanol (-2,13%) apresentaram queda nos seus valores no mês passado.
Os demais grupos registraram os seguintes índices: artigos de residência (-0,52%), comunicação (0,0%), despesas pessoais (0,08%), vestuário (0,42%) e saúde e cuidados pessoais (0,54%).
Com índice de junho, o IPCA de Campo Grande foi ficou abaixo ao de Belo Horizonte (-0,48%). No acumulado de um ano, a inflação da capital sul-mato-grossense não passou da casa do um porcento – a variação é de 0,83%. Em 12 meses, a inflação é de 3,94%.