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Economia

Energia fica mais barata e Campo Grande é a única capital a ter deflação

Liana Feitosa | 07/10/2015 11:05
Campo Grande foi a única capital do país que apresentou variação negativa no IPCA em setembro. (Foto: Arquivo/ Campo Grande News)
Campo Grande foi a única capital do país que apresentou variação negativa no IPCA em setembro. (Foto: Arquivo/ Campo Grande News)

Queda no custo da energia elétrica gerou deflação de 0,28% em Campo Grande, segundo o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) divulgado pelo IBGE (Instituto de Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quarta-feira (7). A cidade sul-mato-grossense foi a única do país que apresentou variação negativa no índice.

De acordo com o levantamento, a queda de 6,80% na energia elétrica, devido à redução nas alíquotas de PIS/COFINS, foi a principal responsável pela desaceleração da inflação na Capital do Estado.

Comparação - No mês anterior, em agosto, a variação registrada foi de 0,25%, contra a deflação de 0,28% registrada em setembro.

Também houve queda de 3,20% nos preços dos combustíveis, sendo que o litro da gasolina ficou 3,23% mais barato e, o do etanol, 7,97%. Com isso, a variação acumulada do ano ficou em 6,32% e, nos últimos 12 meses, 8,91%.

Nacional - Em termos nacionais, o IPCA de setembro apresentou variação de 0,54% e ficou 0,32% acima da taxa de 0,22% registrada em agosto.

Já o acumulado no período de janeiro a setembro demonstra que esse IPCA é o mais elevado desde 2003. Isso porque, em 2015, o índice acumulado foi de 7,64%, bem acima dos 4,61% de igual período de 2014. Em 2003, o acumulado foi de 8,05%.

No entanto, se forem considerados os últimos 12 meses, a taxa está em 9,49%, um pouco abaixo dos 9,53% dos 12 meses imediatamente anteriores. Em setembro de 2014 o IPCA havia registrado 0,57%.

O botijão de gás pesou no bolso do consumidor e empurrou a inflação pra cima. Com peso de 1,07% nos cálculos do IPCA, liderou o ranking das principais contribuições e, com 0,14%, respondeu por 26% do índice, cerca de um quarto.

Gás - No entanto, mesmo com o gás liquefeito de petróleo para uso residencial ficando 12,98% mais caro, o percentual foi inferior ao reajuste de 15% autorizado pela Petrobras nas refinarias, com vigência a partir do dia primeiro de setembro. Com a alta do gás, o grupo Habitação ficou com o mais elevado resultado de grupo, com 1,30%.

Em relação aos alimentos, o aumento foi de 0,24%. Entre as altas, destacam-se a batata-inglesa (7,26%), carne seca e de sol (2,03%), refrigerante (1,84%), cerveja (1,69% )e pescado (1,65%).

Entre os alimentos que ficaram mais baratos estão a cebola, que ficou 18,85% mais barata de agosto para setembro, o tomate (13,86) e a cenoura (9,99%).

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