Capital tem maior alta na cesta básica durante o mês de maio, aponta Dieese
Conjunto de produtos em Campo Grande é o sétimo mais caro do país
Campo Grande teve a maior alta no preço da cesta básica entre as 20 cidades pesquisadas pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) em maio. O conjunto de produtos subiu 5,22% em relação ao mês de abril, fechou em R$ 383,21 e assumiu o posto de 7º mais caro no ranking.
O aumento em dinheiro foi de R$ 19,74 puxado principalmente pela batata (84,91%), tomate (29,02%) e feijão carioquinha (6,04%). Os dois primeiros foram severamente afetados pelo desabastecimento causado pela greve dos caminhoneiros, embora o estudo não detalhe se o movimento teve relação com a inflação.
Por outro lado, ajudaram a reter o preço quedas no pão francês (-2,73%), açúcar (-2,65%), manteiga (-2,11% e banana (-0,36%).
Esta foi a terceira vez em 2018 que o valor da cesta subiu, acumulando acréscimo de 8,70% desde janeiro com valor médio de R$ 383,21 no período. Levando em consideração os últimos 12 meses, a variação foi de 0,77%.
Conforme o Dieese, um campo-grandense precisou trabalhar 91h49 em maio para conseguir comprar uma sexta básica, quatro horas e meia a mais que durante o mês de abril.
Além de Campo Grande, altas expressivas no conjunto de produtos foram notadas em Florianópolis (3,49%), João Pessoa (3,17%) e Fortaleza (3,12%). As reduções ocorreram em Manaus (-0,82%) e Belo Horizonte (-0,39%).
Com base na cesta mais cara, o salário mínimo necessário para manter uma família mínima de quatro pessoas deveria ser de R$ 3.747,10, tendo em vista despesas básicas, como alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.