Cesta básica ganha novos vilões, e chega a custar R$ 430 na Capital
A cestá básica básica comercializada em Campo Grande está custando R$ 430, e além do feijão, mais dois produtos tem encarecido a oferta: a manteiga e o feijão. A elevação do preços dos dois produtos levou a capital ao 9º lugar no ranking entre de alimentos básicos mais caros do país.
De acordo com o Dieese (Departamento Intersidical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), o preço do litro do leite na Capital pode chegar a R$ 5, e o uma porção de manteiga de 750g pode custar R$ 22,57. A justificativa seria a demanda de leite por parte das indústrias de laticínios, que elevou ainda mais o preço dos derivados lácteos.
O valor do leite seguiu em alta em todas as cidades, devido à menor oferta, à elevada. O quilo do arroz ficou mais caro em 26 cidades,Vista. Entre os motivos da alta estão a demanda aquecida das indústrias e a baixa oferta. Os produtores procuraram vender pouco e manter o estoque, por causa da expectativa de maior aumento de preço.
Ao contrário da tendência de queda de preços observada nos anos anteriores, os meses de Junho e Julho de 2016 foram os de maior custo da cesta básica na capital mantendo a trajetória de alta observada no mês anterior (6,75%), em Julho a cesta custou R$ 430,37, valor superior em R$ 1,64 ao mês de Junho.
Apesar do início da safra irrigada, o preço segue com tendência de alta. No caso do feijão preto, os aumentos foram ocasionados pelos seguintes fatores: clima; maior demanda, provocada pela alta no preço do grão carioca, e; término da safra, o que significa necessidade de importação da Argentina.
A surpresa desta vez é a queda do preço do tomate, que teve o valor reduzido principalmente em Campo Grande, queda de -21,26%. A lenta maturação do tomate, por causa do clima ameno, reduziu a oferta, porém, a demanda retraída devido às férias fez com que ainda se verificasse, no varejo, diminuição de preço na maior parte das cidades pesquisadas.
O valor da cesta na Capital representa 53% um salário mínimo. Para se ter ideia, uma pessoa precisa tralhabalhar pelo menos 107h35m para adquirir o produto. Segundo o levantamento, entre janeiro e julho de 2016, todas as cidades acumularam alta, e a mais cara é comercializada em São Paulo, onde o produto custa R$ 475,27.
Quando se compara o custo da cesta e o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto verifica-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu, em julho, pouco mais da metade dos vencimentos (50,95%) para adquirir os mesmos produtos que, em junho, demandavam 49,98%.