Com 100% das reservas canceladas, setor de turismo pede socorro
Segundo associação, nem o feriado da Semana Santa trouxe quantidade expressiva de pescadores para hotéis ou barco-hotel
Com 100% das reservas canceladas até junho, o setor de turismo de Mato Grosso do Sul luta para sobreviver à pandemia do novo coronavírus. “Está bem triste, bem triste mesmo. A situação é complicada e nosso cancelamento esta em 100% até junho”, afirma Cristina Moreira da Rocha Bastos, presidente da Visit Pantanal (Associação de Turismo de Miranda, Aquidauana, Corumbá, Campo Grande e Bodoquena).
Ela explica que nem o feriado da Semana Santa trouxe quantidade expressiva de pescadores para hotéis ou barco-hotel.
“Na região do Passo do Lontra, nossos dois associados estão totalmente sem ninguém. Ouvimos falar que pescadores passaram pela região com barco e que alguns vieram de São Paulo. Mas nada de expressão, nada que possa conseguir pagar os funcionários no fim do mês”, diz a presidente da Visit Pantanal. O Passo do Lontra fica em Corumbá.
O setor espera que com a flexibilização de decretos em municípios do Estado, possa haver alta do turismo interno. Mas a possibilidade esbarra na crise econômica, onde viagem não deve ser prioridade, e o alto custo de hospedagem em hotéis fazendas, por exemplo.
Com várias rodadas de reuniões com o governo do Estado, as associações de turismo querem a liberação do pesque e solte no período de defeso e ajuda na negociação com os bancos.
“Estamos em contato com técnicos da Embrapa para ver de que forma essa liberação do pesque e solte poderia ser feito. Mas é uma questão de vida ou morte. Abrimos a pesca em fevereiro e estamos indo para maio com faturamento zero. A gente não sabe se vai aguentar”, afirma Cristina Moreira da Rocha Bastos.
Em 2017, Mato Grosso do Sul empregava 7.431 pessoas nas atividades características do turismo.