Com lanche, remédio e gasolina mais caros, Campo Grande tem inflação de 0,23%
Indicador voltou a variar para cima após duas deflações consecutivas, em abril e maio

Termômetro da inflação em Campo Grande, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) avançou 0,23% em junho, apontou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta sexta-feira (10). A variação acumulada no ano é positiva em 0,34% e, nos últimos 12 meses, em 2,37%.
A alta no índice acompanha a média nacional para o mês, de 0,26%, e ocorre após deflações consecutivas na Capital, em abril (-0,43%) e maio (-0,57%).
Com peso de 21% na composição do índice, o segmento de “Alimentação e bebidas” teve majoração de 0,12% em junho, puxado pelos aumentos nos preços do frango em pedaços (3,21%) e do leite e derivados (1,97%), com destaque para o leite longa vida, que saltou 2,15%.
No mesmo campo, a alimentação fora do domicílio teve variação de 0,41%, puxada pelos preços do lanche (2,43%), do refrigerante e água mineral (1,97%) e da cerveja (1,11%).
O item “Transportes”, responsável por outros 20% do IPCA na Capital, subiu 1,08%. O aumento é explicado pela oscilação na gasolina, de 3,17%, puxado pela recomposição no preço cobrado pela Petrobras nas refinarias, com oito reajustes seguidos.
O segmento de “Habitação”, com peso de 15% no índice, teve queda de 0,11%, impulsionada pelos recuos nos preços do botijão de gás (-0,62%) e da energia elétrica residencial (-0,73%).
Já “Saúde e cuidados pessoais”, de peso 13,3% sobre o IPCA, registrou elevação de 0,11%, catapultado pelos saltos de 0,87% nos preços de produtos farmacêuticos e de 1,51% nos serviços médicos e dentários.
Menos impactantes para a composição do indicador, “Artigos de residência” (1,27%), e “Comunicação” (0,77%) também tiveram variações positivas.
Por outro lado, “Vestuário” (-1,83%), “Educação” (-0,01%) e “Despesas pessoais” (-0,21%) variaram para baixo em junho.
Cálculo - Segundo o IBGE, o IPCA foi obtido após comparação dos preços coletados em 29 de maio a 30 de junho de 2020 (referência) com os preços vigentes no período de 30 de abril a 28 de maio de 2020 (base).
Com a pandemia de covid-19, o instituto suspendeu a coleta presencial de preços em março. As pesquisas agora são realizadas em sites de internet, por telefone ou e-mail.