Antigo lamaçal, Picada 500 começa a ganhar “cara de estrada” com pavimentação
Obras estão transformando uma via antes marcada por atoleiros e poeira em uma estrada estruturada
As obras de pavimentação asfáltica na rodovia PY15, conhecida como Picada 500, avançam significativamente, transformando uma via antes marcada por atoleiros e poeira em uma estrada estruturada. O trecho, que liga Mariscal Estigarribia a Pozo Hondo, no Departamento de Boquerón, Paraguai, é parte essencial do Corredor Bioceânico, que facilitará o escoamento de produtos do Brasil, Paraguai e Argentina rumo aos portos chilenos.
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As obras de pavimentação na rodovia PY15, conhecida como Picada 500, estão avançando, transformando a via em uma estrada estruturada. A rodovia é parte do Corredor Bioceânico, que facilitará o escoamento de produtos do Brasil, Paraguai e Argentina para os portos chilenos. Com um investimento de US$ 354 milhões, a obra está sendo realizada por quatro empresas, cada uma responsável por cerca de 55 km. Até agora, 60% do traçado paraguaio já está pavimentado. A conclusão da pavimentação promete um trajeto mais seguro e eficiente para cerca de 41 mil habitantes e reduzirá em até 40% o custo logístico das exportações para a Ásia.
No terceiro trecho do corredor, os lotes 1 e 2, sob responsabilidade do Consórcio do Pacífico (EDB Construções e Vial Agro S.R.L), estão em execução simultânea. Atualmente, as frentes de trabalho incluem movimentação de solo, limpeza da faixa de domínio em 35 quilômetros, translado de cercas e implantação do pacote estrutural. Além disso, um trecho de 3 quilômetros passa por tratamento com solo-cal e solo-cimento, seguido de aplicação asfáltica.
A base granular cimentada está em fase de testes, e os acessos são regularmente mantidos para garantir a mobilidade. A obra, com investimento de US$ 354 milhões, será realizada por quatro empresas, cada uma responsável por cerca de 55 km do trajeto.
Ao todo, o Paraguai investe US$ 1 bilhão no Corredor Bioceânico, que inclui a construção de uma ponte entre Carmelo Peralta e Porto Murtinho, avaliada em US$ 100 milhões, e a pavimentação de 280 km entre Carmelo Peralta e Loma Plata, com custo de US$ 440 milhões. Até o momento, 60% do traçado paraguaio já está pavimentado.

A Picada 500, com seus 224 km, sempre foi um desafio logístico, especialmente durante as chuvas, quando a lama impossibilita o trânsito. Em novembro de 2023, uma expedição do Campo Grande News percorreu o trecho e precisou desviar 80 km devido às condições precárias da estrada. Com a conclusão da pavimentação, a via oferecerá um trajeto mais seguro e eficiente para uma população estimada de 41 mil habitantes.
Quando finalizado, o Corredor Bioceânico reduzirá em até 40% o custo logístico das exportações para os países asiáticos em comparação ao transporte via Canal do Panamá. O projeto fortalece a infraestrutura viária do Paraguai e promete transformar a região em um eixo fundamental para o comércio internacional.

(*) colaborou Toninho Ruiz