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Economia

Com o Brasil fora da Copa, o que resta a ambulantes é “ir à caça de clientes”

Ambulantes que ficavam parados em esquinas agora precisam ir atrás de clientes

Natália Olliver | 13/12/2022 18:05
Camiseta da Seleção em promoção no Centro de Campo Grande nesta terça (13) (Foto: Kisie Ainoã)
Camiseta da Seleção em promoção no Centro de Campo Grande nesta terça (13) (Foto: Kisie Ainoã)

Ninguém esperava que o sonho do Hexa fosse destruído com tanta facilidade, mas aconteceu e com a derrota veio o acúmulo de produtos com estampas do Brasil, nas ruas e lojas de Campo Grande. Comerciantes e vendedores ambulantes, que também adquiriram camisetas e produtos relacionados à Seleção deixaram os itens escondidos na parte dos fundos dos estabelecimentos.

Aqueles que não optaram por isso, relataram que cogitam “ir à caça” de fregueses que ainda têm interesse no que restou dos produtos. A decisão visa minimizar o prejuízo, visto que poucos acreditavam na saída precoce do Brasil nas quartas de final. Um desses lugares é o CMO (Centro Militar do Oeste), onde manifestações acontecem há mais de 40 dias.

Alguns comemoram a decisão de ter comprado menos produtos, mas ainda se preocupam com os que sobraram. Tavario Lima Fabiano é vendedor ambulante na Rua 14 de julho e revelou ao Campo Grande News que pretende ir ao CMO vender os 180 itens, entre camisetas e bandeira de capô.

“Eu estava vendendo coisas para a Copa, fui buscar em São paulo, aí vendi mais ou menos a metade. Agora estou pensando em ir lá no CMO pra vender, não cheguei a ir lá ainda, mas terei que ir pra tentar vender a preço de custo mesmo, só para não perder tudo. Achei que o Brasil iria passar dessa vez”, disse. Tavario acrescentou que ainda faltam 180 itens, dos 300 que ele comprou, a serem vendidos, e que pra ele, que vende na rua, é muito. Agora o comerciante autônomo investe no Natal e peças atemporais, como fantasias e acessórios.

“Agora o que mais sai são as coisas de Natal, fantasia para crianças, isso não tem época. Chapéu para mulher, bolsa. Sai muita fantasia de criança do homem-aranha, hulk, bolsinha. As vendas estão mais ou menos, mas dá pra ir levando. Por enquanto está devagar, mas vai melhorar. Tavario contou que trabalha em torno de 10 horas por dia no Centro da Capital sul-mato-grossense.

Outro exemplo é o da comerciante Nathália Nascimento, de 19 anos, que é vendedora em uma loja física, também no Centro. Ela revelou que as blusas estão sendo procuradas mais por manifestantes. No começo as peças eram R$ 188,00, depois baixou para R$ 130, e agora está R$ 59,99. "Tá saindo bem mais, é o pessoal da manifestação. Com a saída da Seleção na Copa, os torcedores ficaram meio para baixo e a procura caiu. Eles procuram para bordar fazendo referência à própria manifestação”, finalizou.

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