Com R$ 3,5 bi a receber, governo faz levantamento sobre dívida podre
“Temos que expurgar o que é podre, o que não é recebível mais”, afirma Puccinelli
Com a dívida ativa na casa dos R$ 3,5 bilhões, o governo do Estado faz levantamento para saber o quanto dos débitos corresponde à divida podre, ou seja, sem esperança de reaver o valor.
“Temos que expurgar o que é podre, o que não é recebível mais. Fica pesando no balanço contábil”, afirma o governador André Puccinelli (PMDB). A dívida ativa é o valor não pago pelos contribuintes ao Estado.
Na semana passada, o TCE (Tribunal de Contas do Estado) criou uma comissão para apurar o real crescimento da dívida ativa. Em dez anos, o valor passou de R$ 567.809.933,70 (no ano de 2000) para R$ 3.462.501.791,83 (computados em 2010).
Em contrapartida, o desempenho da arrecadação no ano passado foi pífio, chegando a 0,15%. O índice alcançado equivale a R$ 5,5 milhões do R$ 3,5 bilhões.
“Isso acontece porque diferentemente do município, que tem o imóvel como garantia de de seus impostos, o Estado não tem. O camarada abre a empresa, fecha a empresa e some na quiçaça. Não existe um bem imóvel caucionável. Esse é o problema”, justifica o governador sobre o desempenho da arrecadação.
De acordo com Puccinelli, o levantamento é feito em parceria entre o TCE e a Procuradoria Geral do Estado. “Eu não posso dizer o que é podre. O que não precisa mais pagar. O TCE que tem que dizer. Para não dizer que beneficiou cupincha”, afirma.