Comerciantes cobram acesso a todas as etapas do Reviva Campo Grande
Lojistas vão reunir-se na segunda com vereadores para discutir estratégias de ação para minimizar prejuízos; negociação é alternativa para evitar ações judiciais
Os comerciantes da região central querem acesso a todas as etapas do processo que levaram ao contrato do Reviva Campo Grande, orçado em US$ 56 milhões em empréstimo com o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento).
O grupo questiona a execução da obra, que teria sido um dos fatores para o fechamento de 1,5 mil empresas em onze meses, a contar de abril de 2018 a março deste ano.
Em reunião ontem à noite, o presidente da CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas), Adelaido Luiz Spinosa Vila, falou sobre a estratégia que antecederia qualquer medida judicial por reparação de danos.
Os documentos serão apresentados durante reunião na segunda-feira, 25, na Câmara dos Vereadores. Os comerciantes querem informações sobre negociação, licitação e o contrato firmado. São informações a serem usadas na tentativa de minimizar prejuízos, em estratégia que ainda incluirá reunião com a prefeitura. Caso não dê resultado, está sendo avaliada ação judicial pedindo reparação de danos.
“Caminho jurídico acaba gerando demora de ações, desgaste, tanto da prefeitura quanto do lojista, queremos resolver com um pouco mais de paz e tranquilidade”, diz Vila. Os comerciante pedem, ainda, que sejam feitas campanhas publicitárias para atrair o cliente ao centro da cidade.
Na reunião ontem, cerca de 50 lojistas relataram os problemas decorrentes da crise financeira de 2018 e com a execução da obra do Reviva Campo Grande. A CDL alega que o cronograma discutido com a prefeitura não foi respeitado e que o trabalho prejudicou vários comerciantes. “Tem gente que não tem como pagar aluguel este mês”.
A prefeitura afirmou que tem acompanhado de perto a situação dos comerciantes na região central e procurado estimular as compras na Rua 14 de Julho nesse período de obras. O prazo para conclusão dos serviços é março de 2020, mas a expectativa é entregar a obra até dezembro de 2019, conforme programação do Reviva.