Conselho do FGTS estima que 1 milhão já podem sacar de contas inativas
Conselho Curador do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) estima que um milhão de trabalhadores não precisam esperar os efeitos da Medida Provisória editada pelo presidente Michel Temer (PMDB) e já podem sacar o dinheiro de suas contas inativas. Tratam-se de trabalhadores que já cumpriram os requisitos previstos nas normas antigas para o benefício.
O secretário-executivo do órgão, Bolívar Moura Neto, afirmou em entrevista à Revista Exame que os recursos disponíveis nessas contas somam R$ 1,3 bilhão.
Como funciona? - Cada vez que uma pessoa é contratada por uma empresa, é aberta uma conta de FGTS. A companhia deposita valores mensais proporcionais ao salário até que o funcionário pare de trabalhar para ela.
Se há demissão sem justa causa, a pessoa pode sacar tudo o que está acumulado. Caso contrário, se o próprio funcionário pede para sair ou é mandado embora com justa causa, a conta torna-se inativa.
Quando uma conta se torna inativa, o dinheiro fica lá até que o trabalhador possa sacá-lo. Antes da Medida Provisória, só podia retirar o montante quem ficasse três anos sem trabalho ou sem carteira assinada, a partir da data de aniversário.
Aqueles que já cumpriram esses requisitos até o dia 31 de dezembro, já podem sacar o dinheiro do FGTS. Quem foi contratado por uma nova empresa e não ficou três anos sem carteira assinada, vai ter que esperar o calendário que será divulgado pela Caixa em fevereiro.
Neto explicou à Exame que para ter acesso ao dinheiro basta ir a uma agência da Caixa e fazer o pedido. Outro meio de usar o montante, sem precisar retirá-lo em espécie, é investir na compra de uma casa própria.