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Economia

Consultor diz que exportações podem elevar preço do milho em 19%

Bruno Chaves | 23/05/2014 08:30
Praças de Campo Grande, Dourados, Maracaju e Ponta Porã podem registrar alta nos preços (Foto: Divulgação/Famasul)
Praças de Campo Grande, Dourados, Maracaju e Ponta Porã podem registrar alta nos preços (Foto: Divulgação/Famasul)

Em meados do mês de julho, a saca de 60 quilos do milho produzido na região de Dourados, a 233 quilômetros de Campo Grande, pode sofrer aumento de R$ 21 para R$ 25, alta de 19%. Para o consultor de mercado Liones Severo a valorização do cereal será estimulada pelas exportações em grande escala, que começam em julho.

As praças de Campo Grande, Maracaju e Ponta Porã também poderão superar a alta de 19%. “Não seria surpresa a saca de milho atingir o valor de R$ 30 no segundo semestre do ano, mas este fator dependerá do andamento da safra dos Estados Unidos, maior fornecedor mundial de milho, que inibe a competitividade de muitos países”, disse Severo.

Com a intenção de orientar agricultores e estudantes do setor em Mato Grosso do Sul, o consultor apresentará a palestra “Tendências dos mercados agrícolas mundiais 2014/2015” durante o Circuito Aprosoja na 50ª Expoagro (Feira Agropecuária Internacional de Dourados), na terça-feira (27), às 19h.

Conforme a Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul), durante o circuito de palestras, Severo irá justificar o andamento do mercado internacional agrícola. “O comportamento dos preços dependerá diretamente da demanda chinesa que tende a aumentar em relação aos anos anteriores, assim como a demanda interna”, afirmou.

Ainda conforme o consultor, o aumento do consumo do cereal é o principal estímulo da alta no preço. “Nos últimos oito anos o consumo superou a produção de milho no mundo, fazendo com que não existam estoques e dando ritmo à comercialização do que é produzido. Para o Brasil, a expectativa é de competitividade e altas cotações, devido a produção que diminuiu e o aumento da demanda em relação ao ano anterior”, contou.

Dados a Famasul apontam que Vietnã, Malásia e Indonésia se destacaram como principais importadores do milho sul-mato-grossense no mês de abril. Juntos, os países compraram 2,4 milhões de toneladas, valor que representa movimentação de US$ 577 milhões free on board (FOB).

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