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Economia

De carona com vacinação contra aftosa, campanha pede atualização de cadastro

Atualização de propriedades e estoque de rebanhos também são requisitos para que Mato Grosso do Sul seja considerado área livre da doença

Tatiana Marin | 02/05/2019 11:34
Aplicação da vacina contra febra aftosa durante lançamento da campanha 2019. (Foto: Henrique Kawaminame)
Aplicação da vacina contra febra aftosa durante lançamento da campanha 2019. (Foto: Henrique Kawaminame)

O Governo do Estado de Mato Grosso do Sul lançou na manhã desta quinta-feira (2), através da Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal) a campanha de vacinação contra a febre aftosa, já com a redução da dose, que de 5 ml, passou para 2 ml. A ação aproveita o período para promover a atualização do cadastro de propriedades rurais e estoque de rebanhos bovinos e bubalinos do Estado, em consonância com o projeto de lei aprovado na última terça-feira (30) na Assembleia Legislativa.

Dose da vacina sendo preparada para aplicação. (Foto: Henrique Kawaminami)
Dose da vacina sendo preparada para aplicação. (Foto: Henrique Kawaminami)

A solenidade aconteceu na Fazenda Embriza, do produtor Carlos Alberto Zanenga, com a presença de representantes do Estado, Embrapa, Mapa (Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento), CRMV (Conselho Regional de Medicina Veterinária), Acrissul e diversos produtores.

E secretário estadual interino de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Ricardo Sena, afirmou que a redução da dose da vacina cumpre um dos requisitos para que o Mato Grosso do Sul se torne área livre de febre aftosa até 2021. “Com isso o Estado conquista novos mercados, amplia oportunidades de emprego e renda, qualifica a produção e garante segurança alimentar”, enfatizou.

Ricardo Sena, titular interino da Semagro. (Foto: Henrique Kawaminami)
Ricardo Sena, titular interino da Semagro. (Foto: Henrique Kawaminami)

Sena explicou que a atualização dos cadastros de propriedades rurais e estoque de rebanhos bovinos e bubalinos são dois dos mais de 100 protocolos exigidos pelo Mapa para a erradicação da doença no Estado. Segundo ele, pela atualização “é realizado o georeferenciamento das áreas e torna as ações do estado mais eficazes no acompanhamento e monitoramento de ações de sanidade animal”.

Pelo projeto de lei de autoria do executivo aprovado na Assembleia, os proprietários não serão multados em relação a divergência de saldo. “Posteriormente, será aplicada uma taxa proporcional ao que seria o auto de infração caso o saldo extrapole parâmetros permitidos por lei. A taxa será revertida para defesa sanitária animal”, destacou Rubens de Castro Rondon, que no ato representou Luciano Chiochetta, diretor presidente da Iagro.

Rondon também atentou que além de haver redução na dosagem da vacina, o que já era esperado pelos produtores, há também outras mudanças. “Os adjuvantes foram alterados também. O Mapa achou viável retirada de uma cepa. A vacina, que era trivalente, agora é bivalente, o que diminui os inchaços e efeitos colaterais”, afirmou.

Rogério Beretta, superintendente da Semagro. (Foto: Henrique Kawaminami)
Rogério Beretta, superintendente da Semagro. (Foto: Henrique Kawaminami)

Rogério Beretta, superintendente de Ciência e Tecnologia, Produção e Agricultura Familiar da Semagro, falou sobre o uso de tecnologia para atuar no atendimento dos requisitos para que Mato Grosso do Sul se torne área livre de aftosa. "A fronteira seca é um desafio e a tecnologia é uma das formas de vencer esse desafio", afirmou ele. O uso de microchipes que carregariam as informações das cargas nos veículos seria uma das saídas.

Vacinação - O Estado espera que a vacinação tenha cobertura de 100% do rebanho, alcançando 21 milhões de animais, entre bovinos e bubalinos. Nos últimos anos o índice ficou acima dos 99% e colocou Mato Grosso do Sul no rol dos três estados com melhor percentual de cobertura vacinal. Há 13 anos não há registros de focos de febre aftosa no rebanho sul-mato-grossense.

A vacinação se iniciou no dia 1° de maio e termina no dia 31 para os proprietários das regiões do Planalto e Fronteira. Já os produtores do Pantanal podem imunizar o rebanho até 15 de junho.

Conforme o calendário oficial, o registro da vacinação deve ser feito até 15 de junho para produtores do Planalto e Fronteira. Já a região do Pantanal tem até 30 de junho para regularizar o registro no sistema da Iagro. O produtor que deixar de vacinar ou não registrar a vacina estará sujeito a multa.

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